Klopp indica que Liverpool não liberará atletas para a seleção brasileira
“Jogadores são pagos pelos clubes, que têm de ser prioridade”, esbravejou o treinador sobre efeitos da Covid-19. Brasil pega Colômbia e Argentina este mês
O técnico Jürgen Klopp, do Liverpool, sinalizou nesta quarta-feira, 3, o desejo do clube inglês de não liberar parte de seu elenco para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 no fim deste mês. Segundo o treinador alemão, “quem paga o salário deve ter prioridade” e, por isso, as equipes não devem se sujeitar ao risco de ter atletas contaminados ou postos em quarentena obrigatória após retornar de outros países.
Atualmente, os cidadãos vindos de países da chamada “Lista Vermelha”, que incluem todos os da América do Sul, devem cumprir quarentena de dez dias em um hotel do aeroporto, sem qualquer tipo de isenção para atletas. Caso mantido o veto do Liverpool, algumas seleções serão afetadas, como a brasileira, já que Alisson, Fabinho e Roberto Firmino são presenças constantes nas listas de Tite.
A seleção brasileira tem jogos marcados para 26, de março, contra a Colômbia, em Barranquila, e dia 30, contra a Argentina, no Recife. A Fifa ainda trabalha junto às federações e governos para tentar viabilizar as viagens. Segundo Klopp, que recentemente teve de faltar ao funeral da própria mãe devido às restrições de viagens, seus atletas não devem ser liberados.
“Acho que todos os clubes concordam que não podemos simplesmente deixar os meninos irem, e resolver a situação quando voltarem, com os nossos jogadores tendo que cumprir uma quarentena de 10 dias. Isso simplesmente não é possível. Eu entendo a necessidade das federações, mas este é um momento em que não podemos deixar todos felizes”, esbravejou. “Os jogadores são pagos pelos clubes, o que significa que temos que ser a primeira prioridade. É assim que é.”
A taxa de infecção no Reino Unido vem apresentando quedas, tanto que o governo já traçou um roteiro para o relaxamento das restrições. Ainda assim, Klopp prega cautela. “Em primeiro lugar, estamos preocupados, sim, com todas as coisas que aconteceram nos últimos meses quando alguém teve que sair da bolha (…) Agora tudo está indo na direção certa e parece positivo e promissor, mas sim, estamos preocupados com as coisas”, finalizou.