O jornalista e ex-treinador da seleção brasileira João Saldanha costumava dizer que se torcida ganhasse jogo, a seleção da China teria vários títulos mundiais. A noite de sábado na Arena Pernambuco só veio corroborar essa tese.
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Os 10 000 japoneses que invadiram as ruas do Recife nos últimos dias deixaram o clima completamente propício para uma vitória nipônica ante a Costa do Marfim. Eles conquistaram a simpatia de quase todos os torcedores brasileiros presentes ao estádio que juntos com os estrangeiros gritavam em coro: “Nippon, Nippon, Nippon”. Mas em campo, apesar do primeiro gol de Honda, o que se viu foi um domínio marfinense, com 58% da posse de bola e três vezes mais chutes à meta adversária. A virada dos “elefantes”, com os gols de Bony e Gervinho, foi só uma questão de tempo.
Um dos japoneses mais animados era o vendedor Satoshi Otsu, de 31 anos, que envolto numa bandeira do país puxava o coro pouco antes do jogo começar. “Não imaginava que estaríamos em tantos aqui no Brasil”, disse. “Somos apaixonados por futebol e temos um ótimo time. Somos 10 000 aqui e outros milhões torcendo lá no Japão”.
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Entre samurais, Pikachus e homens munidos de leques com inscrições orientais, havia até um Super-Homem japonês, cuja capa era uma bandeira do país. “Vou ver os dois primeiros jogos da seleção e depois aproveitar para conhecer Foz do Iguaçu e o Rio de Janeiro”, diz Takatsugu Yamashita, de 30 anos, que estava com um grupo de outros 3 amigos, todos guiados por um japonês que trabalha em São Paulo.
1/8 O grupo de amigos japoneses está sendo guiado por Rui Akimoto, ao centro: “O juiz japonês pode até ter ajudado o Brasil, mas o lance foi duvidoso” (Kalleo Coura/VEJA.com/VEJA)
2/8 O japonês Satoshi Otsu canta o hino antes do início do jogo (Kalleo Coura/VEJA.com/VEJA)
3/8 Torcida da Costa do Marfim na Arena Pernambuco (Kalleo Coura/VEJA.com/VEJA)
4/8 Yuki Endo, de óculos, sobre o pênalti em Fred: “O pênalti ajudou vocês, mas o Brasil iria vencer de qualquer forma” (Kalleo Coura/VEJA.com/VEJA)
5/8 Torcedores da Costa do Marfim acompanham a partida contra o Japão na Arena Pernambuco, em Recife (Emmanuel Dunand/AFP/VEJA)
6/8 Torcedora beija réplica do troféu enquanto aguarda o início da partida entre Japão e Costa do Marfim, na Arena Pernambuco (Toshifumi Kitamura/AFP/VEJA)
7/8 Tocedores japoneses durante partida contra a Costa do Marfim, na Arena Pernambuco (Toshifumi Kitamura/AFP/VEJA)
8/8 Em Recife, torcedora do Japão posa durante partida contra a Costa do Marfim, na Arena Pernambuco (Srdjan Suki/EFE/VEJA)
E quanto ao desempenho do compatriota Yuichi Nishimura, árbitro da partida entre Brasil e Croácia, que marcou um pênalti inexistente em Fred? “Não vou comentar. O pênalti ajudou vocês, mas o Brasil iria vencer de qualquer forma”, ri o engenheiro Yuki Endo, de 31 anos. “O croata não poderia ter colocado a mão no Fred daquele jeito. O juiz pode até ter ajudado, mas o lance foi duvidoso”, tenta justificar Rui Akimoto.
A escassa torcida marfinense contava com pouco mais de 70 pessoas, das quais em torno de vinte integravam a comitiva do governo do país africano. “Somos em menor número, mas nossa alegria vale por milhares de japoneses”, disse a marfinense Corine Djédjégné, enquanto dançava ao som dos tambores .
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No fim da partida, o estudante japonês Satoshi Otake, de 20 anos, acabou concordando com a adversária. “Nós fizemos nossa parte, mas é difícil competir com esse batuque”, lamenta Otake, que diz ainda acreditar em sua seleção. “Mesmo que sejamos eliminados, vou me divertir muito aqui no Brasil. Essa é a melhor viagem da minha vida”.
1/20 Wilfried Bony, da Costa do Marfim, comemora gol contra o Japão na Arena Pernambuco, em Recife (Brian Snyder/Reuters/VEJA)
2/20 Jogadores da Costa do Marfim comemoram gol contra o Japão na Arena Pernambuco, em Recife (Emmanuel Dunand/AFP/VEJA)
3/20 O jogador Ismael Tiote, da Costa do Marfim, dá um carrinho no japonês Keisuke Honda na Arena Pernambuco, em Recife (Youri Kochetkov/EFE/VEJA)
4/20 O zagueiro japonês Uchida afasta a bola de cabeça (Javier Soriano/AFP/VEJA)
5/20 O japonês Shinji Kagawa domina a bola no jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Issouf Sanogo/AFP/VEJA)
6/20 O jogador Didier Drogba fica no banco de reservas durante o primeiro tempo do jogo contra o Japão na Arena Pernambuco, em Recife (Yves Herman/Reuters/VEJA)
7/20 Jogadores do Japão comemoram o gol marcado por Keisuke Honda contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Yves Herman/Reuters/VEJA)
8/20 Jogadores do Japão comemoram gol contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Yves Herman/Reuters/VEJA)
9/20 Keisuke Honda marca o primeiro gol do Japão contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Stefano Rellandini/Reuters/VEJA)
10/20 O japonês Shinji Kagawa conduz a bola durante o jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Mark Kolbe/Getty Images/VEJA)
11/20 Jogadores do Japão se reúnem antes do jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Ruben Sprich/Reuters/VEJA)
12/20 Torcedora do Japão faz coração com as mãos antes d jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Srdjan Suki/EFE/VEJA)
13/20 Torcedora do Japão durante o jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Srdjan Suki/EFE/VEJA)
14/20 Torcedores da Costa do Marfim durante o jogo contra o Japão na Arena Pernambuco, em Recife (Emmanuel Dunand/AFP/VEJA)
15/20 Seleção japonesa faz aquecimento antes do jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Yves Herman/Reuters/VEJA)
16/20 Seleção japonesa faz aquecimento antes do jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Ruben Sprich/Reuters/VEJA)
17/20 Torcedores do Japão aguardam o início do jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Toshifumi Kitamura/AFP/VEJA)
18/20 Torcedores do Japão aguardam o início do jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Toshifumi Kitamura/AFP/VEJA)
19/20 Torcedora japonesa beija uma réplica da taça da Copa antes do jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Toshifumi Kitamura/AFP/VEJA)
20/20 Torcedores do Japão aguardam o início do jogo contra a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, em Recife (Toshifumi Kitamura/AFP/VEJA)