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Arábia Saudita e Itália estudam sediar conjuntamente a Copa de 2030

Plano de receber o primeiro Mundial intercontinental na edição centenária do evento foi revelado pelo ‘The Athletic’ nesta sexta-feira

As federações de futebol têm incentivado cada vez mais a candidatura conjunta de sedes de grandes eventos (a última Eurocopa, por exemplo, foi jogada em 11 países) e uma possível parceria inusitada foi revelada nesta sexta-feira, 16. De acordo com a publicação britânica The Athletic, a Arábia Saudita, que já havia revelado seu desejo de organizar a Copa do Mundo de 2030, estuda a hipótese de unir forças com a Itália.

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Se confirmada, esta seria a primeira candidatura conjunta entre países de continentes diferentes. Até hoje, apenas um Mundial foi jogado em mais de um país: o de 2002, vencido pelo Brasil na Coreia do Sul e no Japão. A Copa do Mundo de 2026 será a segunda, realizada nos Estados Unidos, no México e no Canadá, e marcará a estreia de um novo formato, com 48 seleções.

Para a Copa de 2030, já há duas candidaturas conjuntas formalizadas: Portugal e Espanha, e Inglaterra e Irlanda. Também há planos de que Argentina e Uruguai se unam para a edição que marcará o centenário do evento – a ideia é realizar a final em Montevidéu, como em 1930.

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Na última quinta-feira, o presidente da federação italiana (FIGC), Gabriele Gravina, já havia levantado a hipótese de o país buscar parceiros para sediar a Euro de 2028 ou a Copa de 2030. Segundo ele, a conquista do título da Eurocopa “deu um grande impulso ao reinício social e econômico da Itália”.

Antes, a Arábia Saudita chegou a cogitar uma candidatura junto com Marrocos e Egito, mas a possibilidade foi descartada devido ao altos custos de investimento. De acordo com o The Athletic, a ideia de se unir a Itália partiu do Boston Consultancy Group, que levantou os dados e possíveis lucros de uma possível coalizão intercontinental.

A publicação britânica ressalta que já existem laços econômicos entre o esporte italiano e o país árabe, que sediou duas edições recentes da Supercopa da Itália. A parceria já havia causado grande controvérsia na Europa devido às constantes denúncias de graves violações aos direitos humanos por parte do governo saudita, sobretudo após o assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi em 2018.

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A Arábia Saudita, portanto, tenta repetir a estratégia do Catar, sede do próximo Mundial, de recorrer ao “sportswashing”, como é chamada a prática de utilizar o esporte para tentar limpar sua imagem junto à comunidade internacional. Para a Itália, por sua vez, seria uma boa maneira de modernizar seus estádios. A maioria deles se mantém com a mesma estrutura usada para receber o Mundial de 1990. 

Como a Fifa estabelece que um “rodízio” de pelo menos duas edições para que o evento possa retornar a um continente, seria esperado que a Ásia só voltasse a receber uma Copa a partir de 2023, já que a próxima edição será no Catar. Neste sentido, uma candidatura europeia e a sul-americana, por questões afetivas, adquirem favoritismo.

Suárez e Messi em Uruguai x Argentina de 2017
Suárez e Messi promovem plano argentino de sediar a Copa centenária Sandro Pereyra/Getty Images

 

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