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Idolatrado e calado: a redenção de Romero no Corinthians

Paraguaio fez gol, driblou, defendeu e até fez graça diante do São Paulo. Mas, magoado com antigas contestações, deixou Itaquera sem falar com a imprensa

Ángel Romero caiu, de vez, nas graças do torcedor do Corinthians. De volta após atuar pela seleção paraguaia, o atacante teve excelente atuação na vitória por 3 a 2 no clássico contra o São Paulo, neste domingo, em Itaquera. Marcou um gol, distribuiu dribles, ajudou na marcação e até fez graça para as arquibancadas. Só não sorriu na hora de encarar, ou melhor, não encarar os jornalistas. Se sentindo perseguido por parte da imprensa, Romero não quis falar após seu grande dia.

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Na saída do estádio, o paraguaio passou reto pelos pedidos de entrevista dos jornalistas, aparentando pressa, mas logo parou ao ser interpelado por torcedores, localizados logo depois da zona mista. Calmamente, atendeu aos pedidos por autógrafos, tirou inúmeras fotos e até conversou com alguns, distribuindo abraços para quem o cumprimentava.

Em uma conversa particular com alguns dos torcedores, ainda fez questão de relembrar um dos lances marcantes da partida, quando dominou bola difícil, rente à linha lateral, e na sequência agachou-se, simulando fazer “carinho” na bola. Logo ele, tão criticado por seus domínios de bola, que viraram motivo de piada.

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Romero nunca pôde reclamar da torcida corintiana, que costuma aplaudi-lo pelo esforço, mesmo em dias pouco inspirados tecnicamente. E neste domingo, o paraguaio recebeu uma enorme ovação em Itaquera ao ser substituído. E foi mais uma vez defendido pelos companheiros.

“Ele é um bom menino, tem nos ajudado muito bem. É um grande jogador”, apontou o centroavante Jô, que tem formado boa dupla com o paraguaio. O técnico Fábio Carille, por sua vez, fez questão de agradecer até a diretoria, que providenciou um voo na sexta-feira, após o amistoso entre Paraguai e Peru, para que ele treinasse sem problemas no sábado.

“Estou muito satisfeito com ele, pelo que vem fazendo, pela entrega demonstrada dentro de campo e pela parte técnica também.”, comentou o treinador, que ainda o comparou a um ex-jogador do time. “O Romero tem a aplicação tática muito importante. Ele é o Jorge Henrique de 2009 e 2010, divide, cumpre função, deixa Jadson, Rodruiguinho e Jô mais perto da área”, disse, em participação no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.

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O único veículo que conseguiu arrancar algumas palavras do camisa 11 foi justamente a Corinthians TV, oficial do clube, para a qual ele disse que Itaquera é “sua casa”.

(com Estadão Conteúdo)

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