Icardi e Neymar, os rebeldes do mercado, devem terminar juntos no PSG
Protagonista de polêmicas esportivas e pessoais, atacante argentino perdeu prestígio na Inter de Milão e deve reforçar o ataque de badaladas estrelas
Mauro Icardi e Neymar protagonizaram as mais longas novelas da janela de transferências do futebol europeu e, no último dia do mercado, devem terminar como companheiros de clube. Encostado na Inter de Milão, o atacante argentino, que, assim como o brasileiro, acumula uma série de polêmicas extra-campo, fechou um contrato de empréstimo com o Paris Saint-Germain nesta segunda-feira, 2.
Icardi, de 26 anos, era aguardado na capital francesa para realizar os exames médicos e assinar um contrato de empréstimo de um ano, com opção de compra, em negociação que segundo o diário italiano La Gazzetta dello Sport poderia chegar a 70 milhões de euros (318 milhões de reais, pela cotação atual). A confirmação da transferência aconteceu às 18h (de Brasília).
O argentino, que marcou 124 gols em 219 partidas pela Inter, foi perdendo prestígio no clube ao impor dificuldades para renovar seu contrato, que expira em 2021. A forma como sua esposa e agente Wanda Nara conduziu as negociações foi duramente criticada pela diretoria.
Assim que chegou Inter de Milão neste verão europeu, o técnico Antonio Conte avisou que não contaria com Icardi para a temporada. O jogador, então, tentou forçar sua saída para a Juventus e abriu negociações com Napoli e Mônaco, mas só definiu seu futuro a poucas horas do fechamento da janela, e no PSG.
Icardi e Wanda Nara formam, possivelmente, o casal mais polêmico do futebol. Eles iniciaram o relacionamento em 2013, quando a modelo era casada com Maxi López, então colega de Icardi na Sampdoria. A suposta “traição” ao amigo é constantemente apontado como um dos motivos que mantiveram Icardi quase sempre afastado da seleção argentina.
Ele agora deve levar seus gols e confusões ao já agitado vestiário do PSG. O clube francês buscava um atacante renomado internacionalmente para reforçar o setor ofensivo, atualmente debilitado pelas lesões do francês Kylian Mbappé e do uruguaio Edinson Cavani, que devem perder a estreia na Liga dos Campeões.
Quem também desfalcará o time é Neymar, que embora deva continuar no clube, a contragosto, precisará cumprir três partidas de suspensão impostas pela Uefa por ter ofendido a arbitragem nas oitavas de final da temporada passada, contra o Manchester United.