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GRUPO E – Costa Rica: pronta para ser zebra novamente

Com a maioria dos jogadores que disputaram a Copa de 2014, seleção caribenha está mais madura para repetir boa campanha

Há quatro anos, quase ninguém apostaria na Costa Rica em um grupo contra três campeões mundiais (Uruguai, Itália e Inglaterra). Muito menos, que terminaria com a primeira posição, vencendo os uruguaios (3 a 1) e os italianos (1 a 0) e empatando com os ingleses (0 a 0). Àquela altura, já reconhecida como a surpresa da Copa do Mundo no Brasil, passou a atrair a simpatia do público. Venceu Grécia nas oitavas de final, na disputa por pênaltis (após empate em 1 a 1), e parou na Holanda nas quartas de final, também nas penalidades, depois de um 0 a 0 no tempo normal. Com isso, deixou a competição sem derrota — a disputa por pênaltis não é computada nas estatísticas — e com a sensação de que poderia ter surpreendido ainda mais.

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O grupo costa-riquenho foi pouco modificado desde o último Mundial. A média de idade da equipe que entrou em campo contra a Holanda, em 2014, era de 26 anos. O time que vai à Copa do Mundo da Rússia tem 29. Se por um lado indica envelhecimento, por outro sugere jogadores mais maduros, no auge de seu rendimento técnico. O goleiro Keylor Navas é o maior exemplo. Aos 31, está estabelecido no futebol europeu, como titular do poderoso Real Madrid, onde tirou de cena Iker Casillas, um dos maiores ídolos da história do clube espanhol.

Apesar da trajetória irregular nos últimos quatro anos, o meia Bryan Ruiz, capitão e craque da Costa Rica, recuperou espaço no Sporting, de Portugal, no melhor momento possível. Às vésperas do Mundial, voltou a atuar com frequência e a fazer gols. Também se espera muito do lateral Gamboa (West Bromwich, da Inglaterra), do zagueiro Giancarlo González (Bologna, da Itália) e do atacante Marcos Ureña (San José Earthquakes, dos Estados Unidos), goleador na campanha das Eliminatórias da América do Norte e Central.

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O volante Celso Borges, destaque do espanhol Deportivo La Coruña, viverá um momento especial na partida contra o Brasil, na segunda rodada do Grupo E. Irá reeditar o encontro que seu pai teve há quase três décadas. Alexandre Guimarães, nascido em Maceió, mudou-se para a Costa Rica aos 12 anos, por conta do trabalho do pai, médico convocado para ajudar na erradicação da malária. Tornou-se jogador de futebol e estava em campo em 16 de junho de 1990, na partida vencida pela seleção brasileira (1 a 0). O pequeno Celso, natural de San José, capital costa-riquenha, tinha dois anos na ocasião.

Naquela estreia em Copas, os caribenhos chegaram às oitavas de final. Alexandre Guimarães foi o treinador nas duas presenças seguintes, em 2002 (novamente no grupo do Brasil) e 2006, quando não avançou de fase. O técnico atual, Óscar Ramírez, colega de Guimarães no time de 1990, manteve o esquema tático que deu certo em 2014, com uma linha defensiva com cinco jogadores. Nas Eliminatórias, foram apenas onze gols sofridos em dezesseis jogos. Acreditar numa nova boa campanha não é um exagero.

Em um grupo que tem o Brasil como favorito, a segunda vaga tem boas chances de ficar com a Costa Rica. Sérvia e Suíça são os outros dois adversários na primeira fase.

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