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GP do México seguirá na Fórmula 1, agora sem dinheiro público

Com o apoio de investidores locais, organização do evento renovou contrato por mais três anos. Situação do Brasil a partir de 2021 segue indefinida

A Fórmula 1 oficializou nesta quinta-feira, 8, durante evento na Cidade do México, a permanência do GP do México no calendário oficial da categoria até “pelo menos 2022”. De acordo com Claudia Sheinbaum Pardo, prefeita da capital do país, a renovação só foi possível graças à chegada de novos investidores.

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“Há um novo modelo de financiamento em que os recursos públicos não serão utilizados. Anteriormente, o Governo Federal colaborou com o pagamento do evento. A prefeitura será um intermediário, criando uma confiança que aumentará o investimento privado necessário para realizar este evento internacional. O preço dos ingressos permanecerá o mesmo dos anos anteriores”, garantiu Claudia, em entrevista realizada no Antiguo Palacio del Ayuntamiento na cidade do México.

O americano Chase Carey, CEO da F1, disse que “desde que retornou ao calendário do campeonato em 2015, o evento sempre provou ser incrivelmente popular entre o público e os fãs, não apenas no México, mas também ao redor do mundo.”

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Havia grande expectativa em relação à manutenção da prova disputada no Autódromo Hermanos Rodríguez. Agora, com a confirmação da permanência do México, do retorno da Holanda e estreia do Vietnã, e o provável acerto com o GP da Espanha, quem corre mais risco de deixar o calendário em 2020, que deve ter um número recorde de 22 corridas, é o GP da Alemanha.

Segue indefinição sobre o Brasil

Bolsonaro, Wilson Witzel, Chase Carey e Flávio Bolsonaro em encontro para discutir uma possível transferência da F1 para o Rio de Janeiro, realizada no Palácio do Planalto em Brasília Fátima Meira/Futura Press/Folhapress

O GP do Brasil, disputado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, tem contrato com a Liberty Media, grupo que controla a Fórmula 1, até a edição de 2020, portanto está garantido na temporada do ano que vem. Há no entanto, diversas dúvidas em relação à continuidade do evento no país.

No início de maio, o presidente Jair Bolsonaro surpreendeu ao anunciar, ao lado do governador Wilson Witzel e do prefeito Marcelo Crivella, a assinatura de um termo de cooperação para que um novo autódromo, batizado de Ayrton Senna da Silva, seja construído no bairro de Deodoro, na Zona Oeste, e passe a receber o GP do Brasil, e também a MotoGP, já a partir de 2020.

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“São Paulo, como havia participação pública e uma dívida enorme, tornou-se inviável a permanência da Fórmula 1 lá. Então, vieram para o Rio de Janeiro, e o autódromo será construído em seis, sete meses, após o início das obras”, afirmou Bolsonaro, que dias depois recuou e não estabeleceu prazos. O governador paulista João Doria reagiu, citou o contrato firmado por Interlagos e garantiu que há interesse paulista em renovar o vínculo.

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O CEO da F1, Chase Carey se reuniu com paulistas e cariocas, mas ainda não tomou nenhuma decisão. Bolsonaro chegou a dizer que o GP do Brasil tem “99% ou mais” de chance de mudar de São Paulo para o Rio a partir de 2021, mas a construção do Autódromo de Deodoro esbarra em questões ambientais.

O Rio de Janeiro não sedia o GP do Brasil de Fórmula 1 desde 1989, quando a prova se mudou de Jacarepaguá para Interlagos. O novo autódromo em Deodoro será erguido em um terreno cedido pelo Exército.

 

 

 

 

 

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