Gols e fins de ciclo: a relação de Crespo com o futebol colombiano

São Paulo e Atlético Nacional se enfrentam nesta terça-feira, 12, às 21h30 (de Brasília), no Estádio Atanasio Girardot, em Medellín, pela ida das oitavas de final da Copa Libertadores. O duelo, essencial na manutenção do anseio são-paulino pelo tetracampeonato, também marca a estreia de Hernán Crespo na competição durante esta passagem.

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Em 2021, foi o argentino quem levou o Tricolor às quartas de final, e neste ano já admite o “sonho” de conquistar o torneio, ainda que com cautela, como disse após vitória sobre o Vitória, no último sábado, 9, pelo Campeonato Brasileiro. “Eu sonho. Mas preciso ter os pés no chão, é para todos, para o torcedor, para os atletas, mas a realidade é outra. Sonho é sonho. Realidade é outra.”

Hernán Crespo em jogo Argentina x Colômbia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002 – Nahuel Roark/ae

A viagem à Colômbia, no entanto, evoca boas e emocionantes memórias ao ex-atacante. Contra uma equipe do país, conquistou seu maior título pelo River Plate, além de ter a seleção colombiana como seu principal alvo enquanto vestia a camisa albiceleste.

A Libertadores de Crespo

No dia 19 de junho 1996, o centroavante visitou o país pela primeira vez como profissional para disputar logo a final da Libertadores daquele ano. Em Cali, a cerca de 410km de Medellín, o então garoto de 20 anos viu o América vencer a ida da decisão por 1 a 0.

Hernán Crespo comemora gol na final da Libertadores de 1996 – Divulgação / River Plate

Aquele foi o início de um bonito capítulo da carreira do jogador: o brilho no jogo de volta, no Monumental de Núñez, em sua despedida rumo ao Parma. Sob comando de Ramón Díaz, o River, que tinha Enzo Francescoli, Matías Almeyda e Ariel Ortega, contou com dois gols de Crespo para virar o agregado sobre o América de Cali e conquistar a segunda Libertadores da história millonaria.

Hernán deu adeus à torcida do River Plate naquele dia, partindo para a Itália. O atacante nunca mais entrou em campo em um jogo da competição continental, mas acumulou bons números e mais memórias diante da Colômbia.

Principal vítima

Quarto maior artilheiro da história da seleção argentina, com 35 gols, Hernán Crespo construiu essa marca marcando cinco vezes contra a Colômbia. O número acumulado em sete partidas faz com que o time de “Los Cafeteros” seja o mais lesado pelo camisa 9 durante sua passagem.

Depois de passar em branco nos dois jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1997, o centroavante marcou em todos outros duelos. Em quatro jogos pelas Eliminatórias, marcou quatro gols, garantindo invencibilidade.

Hernán Crespo marcou de pênalti seu último gol pela Argentina – EFE / Guillermo Legaria

Curiosamente, Crespo teve outra despedida diante de colombianos. Pela fase de grupos da Copa América de 2007, o atual técnico do São Paulo marcou aos 20 minutos, convertendo pênalti sofrido pelo jovem Lionel Messi.

Porém, na cobrança, o goleador sentiu a coxa direita e pediu substituição. Depois, jamais retornou à seleção de seu país, dando fim à passagem.

Esse foi o último gol de Hernán Crespo pela Argentina. De pênalti, fez contra a Colômbia, em outro episódio de sua carreira contra colombianos (Libertadores de 1996 foi um deles).

Anos depois, reencontra um colombiano. Agora, como técnico do São Paulo. pic.twitter.com/jsv9coMCfD

— Guilherme Azevedo (@guiazevedo31) August 11, 2025