Goleiro Bruno: principal patrocinador rescinde com Boa Esporte
Grupo Góis & Silva anunciou o fim do contrato de três anos com a equipe mineira
O Boa Esporte perdeu seu principal patrocinador por causa da contratação do goleiro Bruno Fernandes. Na tarde desta segunda-feira, o Grupo Góis & Silva decidiu rescindir unilateralmente o contrato de três anos que mantinha com a equipe de Varginha (MG), após reunião em São Paulo. O Boa Esporte não aceitou a condição do patrocinador de desistir da contratação de Bruno.
O proprietário da empresa, Rafael Góis, emitiu um comunicado anunciando o fim da parceria em suas redes sociais . “Diante da decisão de manter a contratação do goleiro Bruno por parte da diretoria do Boa Esporte Clube, o até então patrocinador máster do clube Grupo Góis e Silva reitera sua posição e não é mais patrocinador do clube de Varginha.”
Rafael Góis informou que suas duas outras empresas que estampavam suas marcas na camisa do Boa Esporte – Dengue Control e Fazenda Ouro Velho –, romperam o contrato. O clube de Varginha perdeu, portanto, todos os seus patrocinadores – restado apenas o fornecedor de material esportivo Kanxa.
Antes do Grupo Góis, a Cardiocenter Varginha e a Magsul Ressonância Magnética, empresas que prestam serviços de avaliações médicas dos atletas do Boa Esporte, anunciaram o fim dos vínculos com o clube mineiro, assim como a a empresa de suplementos nutricionais Nutrends.
Pela manhã, antes da reunião, Roberto Moraes, diretor do Boa Esporte, disse que a chance de o clube mineiro desistir da contratação era zero.” O Boa Esporte se defendeu das críticas ao dizer que está cumprindo sua “obrigação social” ao dar uma chance a Bruno. O goleiro de 32 anos deve assinar contrato nesta terça-feira, em Varginha.
Bruno estava preso desde 2010, acusado de participação no assassinato de sua ex-amante, Eliza Samudio. Em 2013, ele foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver, mas, como não teve seu recurso julgado desde então, conseguiu sua liberdade provisória no dia 24 de fevereiro, por decisão do ministro do Marco Aurélio Mello, do STF.