Goleiro Bruno fecha com Boa Esporte por 2 anos
Duas semanas depois de deixar a prisão, goleiro de 32 anos assinou com atual campeão da Série C. Repercussão negativa não assusta o clube
![Goleiro Bruno fecha com Boa Esporte por 2 anos](https://placar.com.br/wp-content/uploads/2021/10/esporte-bruno-boa-esporte-20170310-001-3.jpg)
O goleiro Bruno Fernandes fechou acordo de dois anos com o Boa Esporte, de Varginha (MG), atual campeão brasileiro da Série C, nesta sexta-feira, duas semanas depois de deixar a prisão. O contrato será assinado na próxima terça-feira, confirmou Roberto Moraes, diretor de futebol do clube.
O goleiro de 32 anos se reuniu com dirigentes do Boa Esporte no restaurante Pinga com Torresmo, de Varginha, e já até posou com a camisa do novo clube, cercado por dirigentes.
A negociação causou revolta em torcedores que invadiram as redes sociais para protestar. Segundo o dirigente, a repercussão negativa não fará o clube desistir da negociação. “Da nossa parte, ele já está contratado.”
Relembre a carreira de Bruno
![Bruno, goleiro do Flamengo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/bruno01-original1.jpeg?quality=70&strip=all&w=300)
Quando foi preso, Bruno era titular absoluto do gol do Flamengo e constantemente especulado como um possível goleiro para a seleção brasileira – ele jogou no time carioca de 2006 a 2010. Durante sua carreira, brilhou também no Atlético-MG de 2002 a 2006. Em 2006, ele também passou pelo Corinthians, mas não chegou a entrar em campo.
Na sexta-feira, 24 de fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus para soltar Bruno. Na decisão, o ministro argumentou que ele tem o direito de aguardar em liberdade o julgamento de seu recurso – que está parado há quatro anos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais -, já que é réu primário e possui bons antecedentes criminais. “Colocou-se em segundo plano o fato de o paciente ser primário e possuir bons antecedentes. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há seis anos e sete meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato”, escreveu Marco Aurélio.
Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato, mas aguardava há quatro anos o julgamento de um recurso, que está parado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Segundo o ministro Marco Aurélio, o goleiro tem o direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade, já que é réu primário e possui bons antecedentes criminais. “Colocou-se em segundo plano o fato de o paciente ser primário e possuir bons antecedentes. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há seis anos e sete meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato”, escreveu.
![O ex-goleiro Bruno tem as chaves da própria cela: na cadeia, ele trabalha como vigia - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/o-goleiro-bruno-segura-a-chave-da-prisc3a3o.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
![Os presos comem com talheres de inox - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/presos-usam-talheres-de-inox.jpg?quality=70&strip=info&w=904)
![Os detentos recebem as visitas com uma oração - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/os-presos-recebem-os-convidados-com-uma-orac3a7c3a3o.jpg?quality=70&strip=info&w=928)
![O presídio tem uma academia de ginástica - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/hc3a1-uma-academia-no-presc3addio.jpg?quality=70&strip=info&w=889)
![Bruno: casamento no presídio - Reprodução: álbum de família](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/casamento-na-apac1.jpg?quality=70&strip=info&w=928)
![Todos os presos estudam ou fazem cursos - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/hc3a1-biblioteca-e-todos-estudam-e-fazem-cursos.jpg?quality=70&strip=info&w=928)
![As celas ficam com as portas abertas - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/carlos-maick.jpg?quality=70&strip=info&w=928)
![Os presos fazem a limpeza das celas e eles mesmos inspecionam](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/as-celas-sc3a3o-limpas-e-muito-bem-cuidadas.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
![Muitos detentos do semiaberto trabalham na hora do presídio - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/alguns-presos-do-semiaberto-trabalham-na-horta.jpg?quality=70&strip=info&w=906)
![A comida é de boa qualidade e é feita pelos próprios detentos, em sistema de rodízio - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/presos-fazem-a-prc3b3pria-comida.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
![Humberto Andrade, diretor de segurança do presídio: "Aqui, cuido de pessoas"](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/diretor-de-seguranc3a7a-do-presc3addio.jpg?quality=70&strip=info&w=428)
![Nas oficinas, os presos podem usar qualquer tipo de ferramenta que desejem - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/presos-usam-ferramentas-nas-oficinas.jpg?quality=70&strip=info&w=928)
![O presídio oferece oficina de artes - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/presos-fazem-arte.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
![Bruno em sua cela: todos os detentos possuem armários para guardar seus objetos pessoais - Foto: Sérgio Dutti](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/bruno-em-sua-cela.jpg?quality=70&strip=info&w=920)