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Placar

Gol do Panamá mostra que Copa do Mundo é muito mais que erguer a taça

Derrota elástica para a Inglaterra não tirou a emoção do momento em que um país, pela primeira vez em sua história, balançou a rede em um Mundial

Publicado por: André Siqueira em 24/06/2018 às 11:32 - Atualizado em 28/09/2021 às 19:18
Gol do Panamá mostra que Copa do Mundo é muito mais que erguer a taça
Torcida panamenha comemora gol de Felipe Baloy na partida contra a Inglaterra, em Níjni Novgorod

O jogo já estava decidido e a eliminação panamenha na Copa do Mundo era questão de minutos. Mesmo assim, a seleção estreante não deixou de honrar a camisa vermelha. Foi com este espírito que o zagueiro Baloy se jogou na bola, aproveitando cruzamento de Avila, e balançou as redes de Pickford para entrar para a história.

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A emoção da torcida nas arquibancadas dizia tudo. Era o primeiro gol de uma seleção para a qual já era extremamente simbólico estar na Rússia. Pela primeira vez na história, 23 panamenhos representariam um país assolado pelo narcotráfico. No jogo que sacramentou a classificação para a Copa, inclusive, a torcida, a Maré Vermelha, homenageava o volante Almílcar Henríquez, morto a tiros em abril de 2017. 

Felipe Baloy marca o primeiro gol do Panamá na partida contra a Inglaterra, em partida válida pela segunda rodada do grupo G em Níjni Novgorod – 24/06/2018 Murad Sezer/Reuters

Quis o destino que o Panamá caísse em grupo difícil, ao lado de Bélgica e Inglaterra, duas das favoritas ao título. Mesmo assim, ao menos contra os Diabos Vermelhos, não se abateram com facilidade. Durante o primeiro tempo, o sistema defensivo da equipe comandada Hernán Gomez segurou um empate sem gols contra o rápido e talentoso ataque belga. Na segunda etapa, veio a derrota por 3 a 0.

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Neste domingo, na Nizhny Novgorod Arena, pouco importou o revés elástico de 6 a 1. O gol de Felipe Baloy, além de histórico, é também simbólico para o jogador que, no Brasil, vestiu as camisas de Grêmio e Atlético-PR. Aos 37 anos, o zagueiro vai se aposentar após a Copa do Mundo. Quando a bola caprichosamente balançou a rede de Pickford, a emoção tomou conta do atleta, que chorou, da torcida no estádio, que vibrava como se o placar fosse positivo, mas, sobretudo, do país, que efusivamente explodiu. 

O gol de honra do Panamá mostrou que a Copa do Mundo é muito mais que erguer a cobiçada taça. O maior evento esportivo do mundo é, acima de tudo, apegar-se às suas raízes e defendê-las até o fim, mesmo que o placar lhe diga que não há mais motivos para isso.

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