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Fred x Levir: a nova confusão do ídolo do Fluminense

Atacante se desentendeu com o treinador e reclamou com a diretoria. Sua permanência nas Laranjeiras está indefinida – como já ocorreu em diversas ocasiões

O atacante Fred protagonizou a grande confusão do fim de semana esportivo mesmo sem entrar em campo. No sábado, o ídolo do Fluminense se reuniu com a diretoria nas Laranjeiras e pediu para não enfrentar o Volta Redonda no dia seguinte. O clube justificou o afastamento por “problemas pessoais”, mas o motivo da insatisfação do atacante tinha nome e sobrenome: Levir Culpi. O jogador de 32 anos, bicampeão brasileiro pelo Fluminense, se desentendeu com o treinador e teria, inclusive, avisado a diretoria que não trabalharia mais com Levir. O futuro do jogador deve ser definido nos próximos dias.

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Após a vitória sob o Volta Redonda por 2 a 0, Levir Culpi tentou colocar panos quentes na situação. Ele se disse surpreso com a controvérsia e negou problemas pessoais com Fred, mas reafirmou sua autoridade no vestiário. “Não tivemos contrariedade nenhuma, não chegamos a discutir nem nada. Estou estranhando muito porque a possibilidade de falar comigo está aberta. Estou sem saber o que está acontecendo para tomar uma posição. Mas o certo é que penso desta maneira: quem não está satisfeito no clube, tem que sair”, afirmou o treinador em entrevista à TV Globo. Levir ainda citou (e elogiou) Diego Souza, que recentemente se disse incomodado e acertou seu retorno ao Sport.

O treinador respondeu sobre o conhecido papel de líder que Fred exerce no clube e deixou claro que a hierarquia deve ser respeitada. “O técnico de futebol não é e não vai ser nunca mais importante que o Fluminense. Quanto mais um jogador. O jogador joga, o técnico treina, o diretor dirige e o presidente manda em tudo. Será que há alguma dificuldade no entendimento de alguém sobre esta situação? O Fluminense não pode ficar a mercê de atletas, técnico, dirigentes. O clube é muito maior do que nós.”

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Confusões – A influência de Fred no clube já causou grandes problemas em seus sete anos de clube. Em 2010, o médico Michael Simoni pediu demissão do clube por desentendimentos com Fred, a quem chamou de “traidor”. O jogador havia alegado que se lesionou devido a uma “precipitação” da equipe médica do clube.

No ano seguinte, o atacante Emerson Sheik deixou o clube, punido pela diretoria por ter cantado uma música do rival Flamengo no ônibus do Fluminense. O jogador, então, afirmou que o relacionamento com os colegas era ruim e disse que Fred escalava a equipe no lugar do treinador.

Também em 2011, Fred viveu o capítulo mais turbulento de sua passagem pelo clube quando foi perseguido por integrantes de uma torcida organizada pelas ruas do Rio, ao sair de um bar com amigos, incluindo o atacante Rafael Moura. O jogador admitiu ter consumido bebidas alcoólicas, prestou queixa e ameaçou deixar as Laranjeiras por falta de segurança. Permaneceu, e acabou sendo o herói do título nacional no ano seguinte.

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No início deste ano, Fred se disse contrário à participação de Ronaldinho Gaúcho na Florida Cup, um torneio amistoso nos Estados Unidos. O atacante alegou que o campeonato fazia parte da pré-temporada e que, por não fazer mais parte do grupo, Ronaldinho não deveria jogar apenas por uma estratégia de marketing. No fim, Ronaldinho foi o garoto propaganda do time na viagem e atuou normalmente, ao contrário de Fred, que nem entrou em campo nas partidas contra Shakhtar Donetsk e Inter.

No clube desde 2009, Fred marcou 167 gols (é o terceiro maior artilheiro da história do clube) e conquistou o Campeonato Carioca em 2012 e o Brasileirão em 2010 e 2012. Ele tem um dos salários mais altos do futebol brasileiro, o que pode influenciar na decisão da diretoria sobre sua permanência. O elenco está de folga e deve se reapresentar nesta terça-feira.

Fred comemora seu gol durante partida entre Atlético-PR e Fluminense, válida pelo Campeonato Brasileiro 2015, na Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Fred comemora seu gol durante partida entre Atlético-PR e Fluminense, válida pelo Campeonato Brasileiro 2015, na Arena da Baixada, Curitiba (PR) VEJA

(com Estadão Conteúdo)

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