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FPF recua em medida judicial e suspende a 5ª rodada do Paulista

Nova reunião entre a entidade e os clubes ocorrerá nesta segunda-feira, 22, para discutir o rumo do estadual; medida judicial conjunta não agrada a clubes

A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou em reunião emergencial virtual com representantes dos clubes da elite do Campeonato Paulista, no início da tarde desta quinta-feira, 18, que suspenderá a rodada deste fim de semana, recuando inicialmente com a projeção de uma ação judicial conjunta para tentar obter liminar que autorizasse as partidas da competição.

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“O Dr. Rui Fragoso, do escritório Fragoso Advocacia, apresentou para avaliação de todos os clubes o conceito de judicialização do caso. Embora tenham argumentos jurídicos e científicos que sustentem a segurança do Protocolo de Saúde do futebol, FPF e clubes decidiram por não ingressar neste momento com Mandado de Segurança”, disse a entidade, em trecho da nota publicada.

De acordo com a FPF, ainda não há uma nova data para a disputa da quinta rodada, que contaria com oito jogos, quatro deles no sábado e outros quatro no domingo. O principal seria o clássico entre Palmeiras e São Paulo, no Allianz Parque.

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No encontro anterior, na terça-feira, 16, os presidentes Marcos Chedid, do Red Bull Bragantino, e Andrés Rueda, do Santos, ponderaram uma medida judicial. Em suas falas, os dirigentes disseram que acatariam a decisão da maioria, mas sugeriram evitar um confronto direto com o governo estadual.

“Pedimos um meio termo, um jeito de não radicalizarmos, de irmos para a Justiça. Seria como forçar uma situação e não há ambiente para isso. Temos que buscar entendimento e uma outra situação que o governo aceite para reforçar o nosso protocolo. Talvez jogarmos em um estádio afastado, não sei, mas precisamos de um bom termo, de equilíbrio. É momento de diálogo e convencimento, mas o que a FPF desejar caminhar, vamos concordar”, explicou Chedid a PLACAR.

A decisão de não parar o campeonato teve apoio unânime dos 16 clubes, além de representantes de sindicados de atletas, árbitros e treinadores. Na nota anterior, a entidade citou que “o protocolo de saúde do futebol é extremamente seguro” e que a proposta de “bolha de segurança” apresentada ao governo estadual “garante um controle ainda maior na organização da competição em São Paulo”. Além disso, também afirmou que recorreria a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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A principal alternativa, a de continuidade do campeonato fora do estado, ficou mais difícil de acontecer após o anúncio do secretário de saúde do governo de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, que decretou a proibição de jogos de futebol de equipes de outros estados em território mineiro. Todo o estado entrará na fase mais restritiva do programa de enfrentamento à Covid-19.

De acordo com o presidente do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, Rinaldo Martorelli, existe a possibilidade do campeonato continuar sendo disputado no Mato Grosso do Sul, mas a hipótese ainda não é confirmada pela entidade. Uma nova reunião entre os clubes e a FPF ficou agendada para a próxima segunda-feira, às 10h.

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