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Fifa manda cartolas devolverem relógios dados pela CBF

Presentes teriam custado, ao todo, mais de 4 milhões de reais, de acordo com investigação realizada pela Fifa. Itens serão doados a instituições de caridade

O Comitê de Ética da Fifa ordenou nesta quinta-feira que 65 relógios distribuídos pela CBF a dirigentes da entidade que regula o futebol sejam devolvidos até o dia 24 de outubro. Os presentes foram dados durante a Copa do Mundo e estão avaliados, segundo a própria CBF, em 8.750 dólares (o equivalente a 20.500 reais) cada um. De acordo com uma investigação independente da Fifa, no entanto, o preço de mercado do relógio de luxo, da marca Parmigiani, parceiro comercial da CBF, seria bem maior: cerca de 25.000 dólares, ou 62.500 reais. No total, portanto, a CBF teria distribuído um “agrado” que custou mais de 4 milhões de reais. De acordo com a Fifa, a CBF não receberá os relógios de volta: as peças serão usadas para ajudar instituições de caridade no Brasil.

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A Fifa havia aberto um processo para investigar a situação depois de receber denúncias de que a CBF, no primeiro dia da Copa do Mundo no Brasil, entregou uma bolsa com presentes para dirigentes de diversos países, inclusive o presidente da Fifa, Joseph Blatter – o que é proibido pela entidade. Comprovado o fato, o comitê de ética da Fifa concluiu que todas as partes erraram no caso: a CBF, presidida por José Maria Marin, não deveria ter oferecido os relógios, e nenhum dirigente poderia ter aceitado um presente que tivesse “mais do que um valor simbólico”. No último fim de semana, a CBF havia dito que todos os relógios já haviam sido recolhidos, o que contradiz a versão apresentada pela Fifa nesta quinta-feira. Ainda assim, a confederação brasileira não será punida.

(Com Estadão Conteúdo)

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