“É igual a todos os times que têm grandes jogadores que são muito marcados. Cabe a nossos atletas achar espaços deixados por quem está em cima do Neymar”

Nos dois primeiros jogos da seleção brasileira neste ano (assim como em várias partidas de 2013), o craque Neymar foi o fator decisivo nas vitórias da equipe, com gols, assistências e participação direta nos lances mais importantes. No amistoso contra o Panamá, na terça-feira, em Goiânia, o impacto do camisa 10 foi tão grande que ficou claro que a seleção dificilmente funciona nos dias em que Neymar está bem marcado ou pouco inspirado. Na sexta, depois da vitória por 1 a 0 sobre o Panamá, em São Paulo, o técnico Luiz Felipe Scolari falou pela primeira vez sobre o assunto desde que os convocados para a Copa do Mundo se apresentaram. E ele acabou reconhecendo que, assim como outras duas seleções do torneio, o Brasil é dependente do brilho de seu principal astro.

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“É igual a Portugal com Cristiano Ronaldo e à Argentina com o Messi. �Igual a todos os times que têm grandes jogadores que são muito marcados”, disse o treinador. “Cabe a nossos atletas achar espaços deixados por quem está em cima do Neymar”, explicou Felipão, pedindo que os outros integrantes do setor ofensivo (Oscar, Fred e Hulk) e quem chega para o apoio (os laterais Marcelo e Daniel Alves e o volante Paulinho) aproveitem o foco sobre o camisa 10 para fazer suas próprias jogadas decisivas. Foi isso que aconteceu quando Fred aproveitou um espaço na defesa sérvia para fazer o único gol do jogo de sexta. O camisa 9 é visto como um elemento essencial para escapar da forte marcação dos rivais – e o gol, disse Scolari, também servirá para dar mais confiança e tranquilidade ao experiente centroavante.

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“Pela manhã o Fred estava dizendo que vive de gols, que tinha de marcar. Mas não é só ele que precisa fazer isso. Ele é apenas um dos que podem fazer gols. Se for outro, não tem problema também. De qualquer forma, o gol foi ótimo para o Fred, que vai se sentir mais importante.” O camisa 9, que aumentou bastante sua média de gols no time nacional desde a chegada de Felipão, tem a total confiança do técnico: “Em uma ou duas bolas no jogo, ele mata�. Por isso ele foi o meu escolhido e por isso ele é um dos grandes jogadores da posição�”. Fred também foi aprovado no amistoso de sexta por “sair da área, tentar buscar a bola, participar do jogo”. Assim, o centroavante está mais do que garantido para a estreia na Copa, na quinta, contra a Croácia, também em São Paulo.

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