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Federer tenta se curar para conquistar único título que falta

Fora da final do ATP Finals por causa de uma lesão nas costas, astro suíço tem até sexta para se recuperar e buscar inédito título da Copa Davis para seu país

“Fiquei sabendo da desistência dele durante a partida de duplas, quando estava me aquecendo. Falei com ele em seguida. Sobre a Copa Davis, não sei. Ele tem dúvidas”, contou Djokovic

Para um tenista que tem 82 títulos de simples e oito de duplas, que levantou cinco troféus só neste ano e que soma uma premiação total de 88,6 milhões de dólares na carreira, uma taça a mais ou a menos poderia não fazer tanta diferença. Só que Roger Federer, 33 anos, considerado por muitos o maior tenista de todos os tempos, ainda tem uma lacuna em seu currículo, e está a menos de uma semana de alcançar esse objetivo inédito: a conquista da Copa Davis por seu país, a Suíça. Para levantar o único troféu importante que falta em sua ampla e rica galeria, Federer corre contra o tempo para se recuperar de uma lesão nas costas que o tirou da final do ATP Finals, no domingo, em Londres. O suíço só foi à quadra para anunciar pessoalmente que não tinha condições físicas de enfrentar o sérvio Novak Djokovic, que ficou com o troféu sem precisar jogar.

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Federer tinha enfrentado uma dura batalha contra seu compatriota Stanislas Wawrinka na semifinal – foram quase três horas num duelo em que o número 2 do mundo precisou salvar quatro match points. Curiosamente, será ao lado do próprio Wawrinka que Federer buscará o título da Davis, contra a França, fora de casa, em Lille, a partir de sexta-feira. “Não tenho condições de jogar. Na minha idade, seria muito arriscado”, disse Federer ao público londrino na tarde de domingo. “Gostaria que as coisas fossem de outra maneira. Eu realmente não queria terminar assim. Tentei de tudo ontem à noite, com analgésicos e descanso, mas não posso competir a esse nível com Novak”, explicou. A Suíça nunca ganhou a Davis e Federer não esconde que sonha em levantar o troféu antes de encerrar a carreira.

‘Dúvidas’ – Campeão do Finals com a desistência de Federer, Djokovic contou que o suíço não sabe se conseguirá jogar no fim de semana. “Fiquei sabendo da desistência dele durante a partida de duplas, quando estava me aquecendo. Falei com ele em seguida. Sobre a Copa Davis, não sei. Ele tem dúvidas”, disse o sérvio, que acha que Federer só não jogou no domingo porque realmente não tinha condição alguma. “Não acredito que ele esteja se poupando para a Copa Davis. Com exceção de uma final de Grand Slam, a decisão do ATP Finals é o jogo mais importante da temporada. Roger só abandonou três jogos em mais de mil disputados. Não dá para criticá-lo.” Djokovic reconheceu que vencer sem jogar não era a melhor maneira de festejar um título.

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“É uma situação diferente. Ninguém gosta de ganhar desse jeito, mas as coisas são assim. Não fiquei à vontade durante a cerimônia de premiação”, admitiu o sérvio de 27 anos, que fez uma partida de exibição contra Andy Murray, ídolo da torcida local, para amenizar a frustração do público. O número 1 do mundo, que conquistou o título do ATP Finals pela quarta vez, a terceira consecutiva, venceu o set de exibição por 8/5, encerrando mais uma temporada extremamente vitoriosa. Murray contou que nem imaginava que poderia entrar em quadra no domingo. “Estava jogando Mario Kart no sofá quando me ligaram. Meu Mario Kart é melhor do que o meu tênis”, brincou o britânico, que também participou de outro duelo amistoso na quadra montada na O2 Arena, ao lado do americano John McEnroe, contra uma dupla formada por Tim Henman e Pat Cash (Murray e McEnroe venceram por 8/6).

(Com agências Gazeta Press e France-Presse)

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