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Federação espanhola cogita suspender final da Copa do Rei em caso de boicote ao hino nacional

Cercado de conflitos políticos, decisão será entre os catalães do Barcelona e os bascos do Athletic Bilbao, no dia 30 de maio

Com a final da Copa do Rei da Espanha, entre Barcelona e Athletic Bilbao, marcada para 30 de maio, a Federação Espanhola e os clubes esperam definir o mais rápido possível o palco da decisão. Porém, encontrar um estádio para receber o jogo não é a única preocupação dos espanhóis. Os diretores da federação temem que, por conta da ideologia separatista tão presente entre catalães e bascos, o hino nacional da Espanha, uma marca da final, seja desrespeitado.

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Existe a possibilidade de a decisão ser disputada no Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid, o clube mais ligado à realeza espanhola e visto como principal rival tanto pelos catalães do Barcelona quanto pelos bascos do Athetic. A equipe de Bilbao, uma das mais tradicionais da liga espanhola, é formada apenas por jogadores nascidos ou criados no País Basco ou em cidades próximas, tamanho é o orgulho por suas origens.

Na última quinta, Javier Tebas, presidente da LFP – instituição que organiza o Campeonato Espanhol, mas não se responsabiliza pela Copa do Rei – falou que espera não ouvir assobios durante a execução do hino na final. “Se acontecessem assobios, eu suspenderia a final da Copa. O hino é um dos símbolos da final da competição. Ainda que não seja organizada por nós, a LFP está muito preocupada com a organização da decisão, não devemos deixar que se boicote o hino”, declarou ao jornal espanhol As.

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Fontes da LFP entendem que o ato de desrespeitar o hino poderia ser considerado como uma razão para cancelar o evento. A Lei de Seguridade e Cidadania, aprovada pelo Conselho de Ministros da Espanha em novembro de 2013, dá conta de que ofensas à Espanha, às comunidades autônomas, às instituições, hinos, símbolos ou emblemas efetuadas por qualquer meio podem resultar em punição já pré-estabelecida.

Jorge Fernández Diaz, ministro responsável por sancionador a lei há dois anos, deixou claro que não há bases legais para punir indivíduos que assobiem durante o hino espanhol em um estádio. No entanto, Miguel Cardenal, secretário de Esportes do país, deve enviar nos próximos dias um ofício ao Barça e ao Bilbao para que conscientizem as torcidas de que é necessário uma boa postura no estádio.

O ativista Oriol Junqueira, que lidera a Esquerra Republicana, espécie de partido político socialdemocrata da Catalunha, comunicou na última quarta que “seria bom se os torcedores do Barcelona fossem compreensíveis com o sentimento dos demais. Se não souberem ou não quiserem cantar o hino, prefiro que façam um esforço para serem respeitosos”, falou o ativista, que chefia uma das frentes que luta pela emancipação do território catalão.

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(Com Gazeta Press)

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