F1: Hamilton é acusado de sexismo por jogar champanhe em modelo
Segundo líder de ONG, atitude do piloto refletiu a mentalidade machista da F1
A vitória do britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, no GP da China no fim de semana, tem mais um elemento que causou confusão. Depois de discutir com seu companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg, nas entrevistas após a corrida, o campeão da última temporada foi acusado de sexismo por uma ONG que defende os direitos das mulheres. O motivo: atirou champanhe em uma das modelos chinesas que estavam no pódio do Circuito de Xangai.
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Para Roz Hardie, diretora executiva da ONG Object, Hamilton agiu de forma desrespeitosa e preconceituosa com a mulher, que havia sido contratada para recepcionar os pilotos. “As fotos parecem mostrar que o champanhe está sendo especificamente direcionado para o rosto dela, e parece que ela não está gostando da brincadeira. Se for este o caso, pensamos que Lewis Hamilton deveria pedir desculpas e pensar cuidadosamente sobre como deve se comportar no futuro”, afirmou Hardie ao jornal inglês Daily Mail.
Segundo ela, Hamilton “abusou de sua posição” e teve sua grande vitória manchada pela comemoração. Segundo ela, a atitude do inglês reflete a mentalidade predominantemente machista da F1. “O automobilismo parece retratar, desnecessariamente, as mulheres como objetos sexualizados. E isso provavelmente faz com que seja ainda mais difícil para as mulheres se defenderem. Esperamos que as pessoas desta indústria sejam mais respeitosas com elas.”
Hamilton também foi criticado por muitas mulheres nas redes sociais. Seus defensores dizem que o piloto atirou champanhe não apenas na mulher, mas em todas as pessoas que estavam no pódio – incluindo o desafeto Rosberg, segundo colocado -, e que essa é uma prática comum na F1.
(Da redação)