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Ex-zagueiro Neto será superintendente de futebol da Chapecoense

Sobrevivente do acidente com a delegação do clube em 2016 vai assumir cargo na diretoria a partir do ano que vem

O agora ex-zagueiro Neto seguirá na Chapecoense em 2020. O sobrevivente do desastre aéreo da delegação do clube em 2016, na Colômbia, não conseguiu voltar a jogar profissionalmente por causa das sequelas que o acidente lhe deixou e anunciou a aposentadoria dos gramados no último dia 14. Nesta segunda-feira 30, uma fonte ligada a Neto confirmou que ele seguirá no clube recém-rebaixado à Série B do Brasileirão em um novo cargo: o de superintendente de futebol.

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Neto já trabalhava para fazer a aproximação do elenco à diretoria enquanto se recuperava para voltar a jogar. Os exames feitos em dezembro revelaram que as lesões na coluna e no joelho não permitiriam que ele atuasse novamente, o que antecipou sua aposentadoria e a mudança para um cargo diretivo, graças a boa relação que mantém com Chapecó. Seu contrato profissional como jogador tinha duração até dezembro do ano que vem.

Quando anunciou que iria pendurar as chuteiras, Neto afirmou que existia a possibilidade de seguir no clube, mas ainda não sabia qual seria sua função. Como superintendente de futebol, terá papel importante na montagem de elenco da Chapecoense que irá disputar a segunda divisão do Campeonato Brasileiro em 2020. Para ambientá-lo ao cargo, a Chapecoense vai pagar cursos de gestão para o ex-jogador.

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Hélio Herminio Zampier Neto foi o último dos seis sobreviventes resgatados do avião em que a delegação da Chapecoense viajava para disputar a final da Copa Sul-Americana diante do Atlético Nacional, da Colômbia, na noite de 28 de novembro de 2016, a poucos quilômetros do aeroporto de Medellin. A tragédia deixou 71 vítimas fatais entre atletas, dirigentes, convidados, jornalistas e tripulantes do voo da empresa LaMia.

Em depoimento a VEJA, Neto contou que recebeu apenas 11% do valor de indenização ao qual considera ter direito. Segundo ele, os cálculos de reparação são complexos – pois levam em consideração fatores como a idade da vítima, o salário que recebia à época, a projeção dos ganhos futuros na carreira, a idade dos filhos – e deveriam estar entre 8 milhões e 16 milhões de reais para cada família. 

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