Ex-número 1 do golfe desiste da Rio-2016 por causa do zika vírus
Vijay Singh, de Fiji, citou surto de zika e “essas porcarias” para abrir mão de disputar a Olimpíada no Brasil.
O golfista Vijay Singh, de Fiji, anunciou nesta quarta-feira que não disputará a Olimpíada do Rio, evento que marcará o retorno da modalidade aos Jogos Olímpicos depois de 104 anos. De forma um tanto grosseira, o atleta de 53 anos, ex-número 1 do mundo no golfe, citou o vírus zika como o motivo da recusa. “Eu gostaria de jogar a Olimpíada, mas, você sabe, tem o vírus da zika e toda essa porcaria”, disse Singh em entrevista ao site especializado Golf Channel.
O veterano avisou o comitê olímpico do seu país que não deseja participar da Rio-2016 e pretende se manter focado no PGA Tour, o principal circuito profissional do golfe. Mesmo estando atualmente no 215º lugar do ranking mundial, Singh teria direito a uma das sessenta vagas nos Jogos.
Leia também:
Aldo Rebelo compara zika a terrorismo e diz que Rio-2016 não corre risco
Comitê Olímpico dos EUA nega ter sugerido a atletas não ir aos Jogos do Rio por medo do zika
Comitê Olimpíco Internacional divulga recomendações contra o vírus zika
Profissional desde 1982, Singh ganhou quase 11 milhões de dólares em prêmios na temporada de 2004, quando foi considerado o melhor golfista do mundo. Desde 2006, entretanto, só conseguiu terminar uma vez entre os 10 primeiros de um torneio Major (o equivalente ao Grand Slam do tênis). O atleta fijiano está perto de alcançar a marca de 70 milhões de dólares em premiações na carreira.
Perigo – O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Organizador da Rio-2016 vem descartando com veemência a hipótese de o zika ameaçar a realização dos Jogos. No fim do mês passado, o diretor executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinicius Freire, revelou que a entidade não planeja nada diferente para que os atletas se protejam do risco de contaminação do zika vírus.
“O que a gente tem feito é o que a população inteira do Brasil está fazendo, que é usar repelente, manga comprida, ar-condicionado ou tela, depende do lugar onde estamos indo, e isso vale para os 400 atletas que estarão competindo”, afirmou. Em janeiro, num dos momentos mais críticos do surto de zika na América do Sul, o COI divulgou uma lista de recomendações aos atletas olímpicos.
(com Estadão Conteúdo e Gazeta Press)