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Ex-jogador da NBA diz que Covid ampliou racismo contra asiáticos nos EUA

Chamado de “coronavírus” por um adversário, Jeremy Lin disse que atos de preconceito, com os quais sempre conviveu, tornaram-se mais hostis

Jeremy Lin, atleta americano de origem taiwanesa que fez grande sucesso em seus primeiros anos na NBA, atuando pelo New York Knicks, afirmou que a pandemia do novo coronavírus fez crescer o preconceito contra asiáticos nos Estados Unidos. Ele se uniu a nomes como LeBron James em campanhas contra o racismo, mas lembrou que os negros não são as únicas vítimas.

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“Isso é algo que está realmente explodindo para mim. Desde o ano passado, quando tudo começou a acontecer, vejo um aumento grande de ataques e crimes de ódio”, afirmou o jogador à emissora americana CNN.  Aos 32 anos, ele defende o Santa Cruz Warriors, equipe da G-League da NBA, uma espécie de segunda divisão da liga, e contou ter sido chamado de “coronavírus” por um adversário em quadra.

Lin não informou a identidade de seu agressor, pois disse que não pretende espalhar ainda mais ódio, mas a G-League disse estar investigando o incidente. No ano passado, ele atuou pelo Beijing Ducks, da China, e se disse chocado com o aumento do racismo testemunhado em seu retorno aos Estados Unidos. “Fiquei apenas seis meses fora e quando voltei parecia que as coisas tinham ficado ainda mais hostis.”

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Primeiro asiático-americano a ganhar um título da NBA, em 2019, pelo Toronto Raptors, ele diz que a discriminação lhe acompanha desde seu início no basquete universitário e que a Covid-19 simplesmente potencializou o problema. A reportagem da CNN informou que, entre março a dezembro de 2020, o site Stop AAPI Hate, recebeu mais de 2.800 relatórios de denúncias.

Lin também comentou o fato de o ex-presidente americano Donald Trump ter se referido diversas vezes à surto como “vírus chinês” – discurso seguido no Brasil por Jair Bolsonaro e alguns de seus aliados. “É um problema antigo, presente até na forma como asiáticos são retratados em Hollywood (…) Mas, sim, definitivamente, esse tipo de comentários fortaleceu ou exacerbou um problema que já existia. Não vou colocar toda a culpa nele, não é algo que Trump criou, mas que ele expôs.”

Lin completou que as questões raciais não envolvem apenas os negros. “Eu adoraria ver a solidariedade intercultural, as pessoas apoiando o anti-racismo, não apenas em um grupo de pessoas, mas todos.”

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