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EUA negam vistos a jogadoras de time de futebol do Tibete

Tibet Women’s Soccer, formado por adolescentes refugiadas na Índia, não teria apresentado “bons motivos” para participar da Dallas Cup

O Tibet Women’s Soccer, uma equipe amadora de futebol feminino formada por atletas tibetanas, foi proibida de participar da Dallas Cup, uma importante competição juvenil nos Estados Unidos. As adolescentes, que vivem como refugiadas na Índia, tiveram seus pedidos de vistos negados na embaixada americana em Nova Déli.

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Segundo Cassie Childers, que é cidadã americana e diretora-executiva do time de futebol, o time gastou cerca de 5.000 dólares para solicitar a permissão para entrar nos EUA, mas as atletas tiveram o pedido negado por não terem apresentado “bons motivos” para visitar o país. 

“O dinheiro que gastamos está no esgoto, e não temos nada para mostrar. Estamos tentando algumas opções para reverter a decisão, mas não há muita esperança”, afirmou Cassie em comunicado. Em suas redes sociais, a equipe divulga uma petição online para tentar sensibilizar o governo americano a conceder os vistos e também disse esperar convites de outros países para disputar competições. O torneio no Texas começa no próximo dia 9.

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A organização da Dallas Cup – torneio disputado anualmente desde 1980, com categorias entre sub-12 e sub-19, e que já foi vencido por diversas equipes brasileiras – divulgou sua posição sobre o ocorrido. Em nota oficial, os dirigentes esclarecem que o tradicional torneio é disputado exclusivamente na categoria masculina e que as garotas tibetanas foram convidadas apenas para assistir aos jogos e realizar outros eventos na cidade.

A Dallas Cup lamenta a posição do governo americano e “reconhece que a organização de equipes internacionais para viajar para Dallas é muitas vezes um processo difícil e demorado”. E diz que “se não for possível em 2017, esperamos que as meninas possam realizar o sonho de visitar o norte do Texas em algum momento no futuro.”

O Tibete é um território na Ásia, governado como uma região autônoma da China e cercado de disputas territoriais e diplomáticas ao longo de mais de cinco décadas. Logo em seus primeiros dias no cargo, o presidente americano Donald Trump assinou uma ordem para barrar a entrada de todos os cidadãos de sete países muçulmanos, (dentre os quais a China e a Índia não se incluem), mas o decreto foi suspenso pela Justiça americana. 

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