Etiene ratifica índice e se garante na Olimpíada nos 100 metros nado costas
No Troféu Maria Lenk, a nadadora pernambucana superou a marca mínima estipulada pela confederação brasileira, mas ficou abaixo de sua melhor marca pessoal.
Etiene Medeiros está oficialmente garantida nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A pernambucana, vice-campeã mundial dos 50 metros nado costas, foi a única brasileira a conseguir o índice olímpico nos 100m costas. Ela venceu a final do Troféu Maria Lenk na tarde deste sábado, no Estádio Aquático Olímpico, no Rio, sem conseguir baixar o tempo da manhã.
Completou a prova em 1min00s11, sendo que havia cravado 1min00s00 nas eliminatórias. Nas duas vezes nadou abaixo do índice, que é 1min00s25. A atleta do Sesi-SP, entretanto, não conseguiu se aproximar do seu próprio recorde sul-americano, 59s61, registrado nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado.
A segunda melhor brasileira no Maria Lenk, que também vale como evento-teste para os Jogos do Rio, foi Natália de Luccas. A nadadora do Corinthians completou a prova em 1min01s11, batendo seu recorde pessoal.
Como só Etiene foi a única brasileira a fazer o índice A exigido pela Federação Internacional de Natação (Fina), só ela poderá nadar os 100m costas pelo Brasil na Rio 2016. A pernambucana também assegura que abrirá o revezamento 4x100m medley, caso este confirme a classificação.
O Brasil não ficou entre os 12 primeiros do 4x100m medley no Mundial do ano passado e tenta a classificação pelo ranking mundial 2015/2016. São quatro vagas disponíveis e o Brasil só está atrás da Finlândia. Existe a possibilidade de, ao final do Maria Lenk, a equipe brasileira tentar uma tomada de tempo.
Mesma situação de Jhennifer Conceição, que conseguiu reverter a liminar do Flamengo, seu ex-clube, para competir pelo Pinheiros. A nadadora não pode comemorar ainda a presença na Rio 2016. Ela tem o melhor tempo dos 100m peito (1min08s75 das eliminatórias do Maria Lenk), mas não atingiu o índice A (1min07s85). Se o Brasil confirmar a vaga no 4x100m medley, ela será convocada para nadar o estilo peito. Aí, poderá ser inscrita também nos 100m peito na Olimpíada, uma vez que atingiu o índice B da Fina.
João de Lucca, do Pinheiros, venceu a final dos 200m livre, com 1min47s65, e garantiu a segunda vaga do Brasil nos 200m livre no Rio-2016. Ele, que ratificou o índice feito no Open, não conseguiu superar o tempo de Nicolas Nilo, do Minas Tênis Clube, nas eliminatórias: 1min46s97. Os dois serão os representantes do Brasil no Rio-2016.
O gaúcho André Pereira, do GNU, foi o terceiro na final, com 1min48s72, enquanto Luiz Altamir Melo, do Flamengo, venceu a final B com 1min48s29. Os dois deverão ser convocados para compor o revezamento 4x200m livre do Brasil, que é o primeiro do ranking mundial 2015/2016 e tem tudo para ser confirmado na Olimpíada, em situação idêntica do 4x100m medley feminino. O corintiano Leonardo de Deus tinha 1min49s03, do Open, e desistiu de tentar vaga no revezamento. Até se classificou para a final do Maria Lenk, mas optou por não nadá-la.
No encerramento do dia, Manuella Lyrio, do Pinheiros, voltou a bater o recorde brasileiro dos 400m livre. Depois de vencer o Open com 4min09s96, ela melhorou seu tempo para 4min09s48, ainda sem atingir o índice exigido pela CBDA: 4min09s08.
Mas ela deverá nadar a prova na Olimpíada. É a única brasileira com índice para os 200m livre e, caso seja convocada para essa distância ou para o revezamento 4x200m (dificilmente fica fora), pode ser inscrita nos 400m livre, uma vez que atingiu o índice B da Fina.
(Com Estadão Conteúdo)