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Escócia vai proibir cabeçadas em partidas de futebol envolvendo crianças

Medida segue determinação já em vigor nos Estados Unidos; estudos comprovaram a relação dos choques de cabeça com a incidência de doenças neurodegenerativas

Os jovens jogadores de futebol da Escócia não poderão cabecear a bola antes dos 12 anos, devido aos riscos de demência na idade adulta, informou a imprensa britânica nesta quinta-feira. Segundo a BBC, a Federação Escocesa de Futebol (SFA) planeja anunciar essa proibição até o final do mês.

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Confirmada a determinação, a Escócia será o primeiro país da Europa a implementar a medida, depois que os Estados Unidos a lançaram em 2015, depois dos escândalos de ex-esportistas profissionais com sinais de demência, principalmente no futebol americano.

VEJA já se debruçou sobre o tema em uma longa reportagem publicada em 2014. A matéria citava o caso do zagueiro Bellini, capitão do primeiro título mundial do Brasil, que morreu suspeitando sofrer de Alzheimer, e que, na verdade, era portador de outra doença: a encefalopatia traumática crônica, conhecida pela sigla em inglês CTE.

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Em outubro, um estudo da Universidade de Glasgow, conduzido por ex-jogadores de futebol escoceses, mostrou que eles eram 3,5 vezes mais propensos a morrer de uma doença neurodegenerativa do que a média.

“Há perguntas sobre o limite de idade, que segundo a especulação seria de 12 anos. Isso significa que uma criança de 13 anos pode dirigir sem risco. Como sabemos que é assim?”, questiona Peter McCabe, presidente da Associação Progresso, que luta contra doenças neurodegenerativas. “É absolutamente necessário fazer pesquisas para saber quais são os riscos”, acrescenta.

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