Novo recurso será uma das marcas do Mundial da Rússia, mas não pode ser consultado em todos os lances
Aos 11 minutos do segundo tempo do jogo entre França e Austrália em Kazan, no último sábado, um momento histórico. Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, um pênalti foi marcado com a ajuda do VAR, sigla em inglês para video assistant referee – o árbitro de vídeo. O juiz uruguaio Andrés Cunha não viu a falta de Ridson em cima do francês Griezmann e contou com a ajuda da tecnologia para marcar a penalidade, que resultou em gol do próprio atacante. Em mais uma utilização do recurso, em outra partida do sábado mais um pênalti foi marcado com auxílio do VAR. O peruano Cueva, porém, desperdiçou a cobrança no jogo contra a Dinamarca.
Na lance que antecedeu o gol da Suíça, no jogo de empate com o Brasil neste domingo, os jogadores brasileiros pediram o uso do VAR, mas não foram atendidos pelo juiz mexicano Cesar Miranda. Diversos ângulos da gravação do jogo mostram que Steven Zuber empurrou o zagueiro brasileiro Miranda logo antes da Suíça igualar o placar.
Reportagem de VEJA desta semana explica em detalhes como funciona o VAR e por que o gesto dos juízes desenhando no ar um retângulo imaginário será uma das marcas da Copa da Rússia. A mímica é o sinal que os árbitros farão para avisar que um lance capital precisará ser revisto com a ajuda do árbitro assistente de vídeo.
Na Copa de 2018, o VAR vai ser utilizado somente para checar quatro tipos de jogada: 1) anular um gol ilegal, feito com a mão ou por um jogador impedido (ou validar um gol legal); 2) marcar um pênalti claro e que tenha passado despercebido (ou corrigir uma simulação); 3) expulsar um jogador que tenha cometido falta passível de cartão vermelho direto (e que tenha passado despercebida pelo árbitro); e 4) em caso de confusão de identidade — ou seja, se o juiz mostrar cartão, amarelo ou vermelho, ao jogador errado. A revisão desses tipos de lance será feita por uma equipe de quatro juízes profissionais, instalados em uma cabine dentro do Centro Internacional de Transmissões, em Moscou — treze árbitros se revezarão nessa tarefa, entre eles o brasileiro Wilton Pereira Sampaio, da Federação Goiana de Futebol.
Ou seja, não será em todo lance decisivo que haverá o sinal de socorro para o árbitro eletrônico. Para os jogadores que gostam de discutir toda marcação da arbitragem, um alerta: quem importunar o juiz no momento da revisão de um lance, ou tentar forçar a barra pedindo a participação do VAR, levará cartão amarelo.
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