Endrick pode estrear na seleção antes de Ronaldo, Neymar, Zico e outros craques
PLACAR entrevistou Edu, o mais jovem a ser chamado para uma Copa do Mundo; relembre a idade em que grandes nomes debutaram
A convocação de Endrick para a seleção brasileira principal pode significar a quebra de um recorde de histórico. Caso o atacante entre em campo diante de Colômbia ou Argentina, em confrontos pela quinta e sexta rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, a joia do Palmeiras estreará pelo Brasil de forma mais precoce que Ronaldo Fenômeno, Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Zico, Rivellino e outras lendas que fizeram história com a amarelinha.
Nascido no dia 21 de julho de 2006, se atuar contra a Colômbia, Endrick terá 17 anos, três meses e 26 dias. Caso debute contra a Argentina, 17 anos e quatro meses. Assim, em qualquer das situações, já superaria o Fenômeno, que estreou com a amarelinha aos 17 anos, seis meses e cinco dias, em março de 1994, contra a seleção argentina.
Consequentemente, ele ainda passaria à frente de dezenas de outros nomes. Um deles é o atacante Vitor Roque, do Athletico Paranaense, que se tornou recentemente o mais jovem desde Ronaldo, ao jogar com 18 anos e 25 dias.
Neymar, Reinaldo, Adriano e Rodrygo foram a campo pela primeira vez com a amarelinha aos 18 anos. Entre grandes nomes que debutaram aos 19, Endrick também superaria Vinicius Júnior, Jairzinho, Kaká, Rivellino, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e Tostão.
Convocados mais tardiamente, após os 20 anos, Romário, Bebeto, Careca, Falcão e Zico são outros que ficariam para trás.
Com isso, Endrick também pode se aproximar do maior de todos: Pelé, que estreou na seleção aos 16 anos, oito meses e 17 dias e é o mais jovem da história, e Edu, grande nome entre os mais novos a vestir a camisa pentacampeã e procurado por PLACAR para analisar a convocação da promessa.
Lançado na seleção principal em 1966, aos 16 anos, 10 meses e três dias, o ex-ponta do Santos reconheceu o momento da promessa e comparou a situação com a de quando foi chamado. “Pelo que está jogando, Endrick mostrou que merece. A convocação se faz pelo momento. Então, se é pelo momento vivido, é muito merecida. O momento hoje é dele. Ele está num nível altíssimo, mostrando que tem condições. A mesma coisa aconteceu comigo, eu tinha só sete jogos como profissional”.
Edu ainda exaltou a qualidade técnica de Endrick: “Além de muito bom tecnicamente, ele joga em funções diferentes, por isso tem que ser ainda muito mais enaltecido. Consegue ser um centroavante, de costas para o zagueiro, e também atuar aberto. É muito raro isso hoje”.
Defensor da convocação visando o desempenho do momento, o campeão mundial com a seleção brasileira em 1970 relembrou quando Neymar foi preterido durante seu surgimento em destaque. “Lembrando que há um tempo (em 2010) o Dunga não quis levar o Neymar, que vivia claramente um momento fantástico, e mais ou menos na mesma idade. Ele acabou pagando por isso. Futebol é momento, precisa ficar claro”, pontuou.
Até hoje o mais novo a ser convocado para uma Copa do Mundo, quando tinha apenas 16 anos, Edu ainda contou como reagiu quando teve seu nome na lista da seleção brasileira pela primeira vez.
“Claro que foi surpresa [na época], não esperava de jeito algum. Ainda hoje quando me pego imaginando não cai minha ficha”, admitiu a lenda do futebol brasileiro.
A lista de mais jovens a estrear pela seleção esbarra em falta de registros comuns especialmente na primeira metade do século anterior. Por isso, não existem dados concretos que possibilitam a criação de um ranking de todos os tempos.
Em fevereiro de 2022, recém campeão da Copinha, Endrick foi capa de PLACAR – o mais jovem da nossa história.
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