Publicidade
Publicidade

Em reunião, CBF cita Globo e rejeita parar futebol: ‘Clubes estariam f…’

Presidente da entidade subiu o tom e disse que paralisação traria o congelamento de receitas; pela Copa do Brasil, Corinthians deve jogar em Saquarema

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, defendeu a continuidade da modalidade mesmo em meio ao agravamento da pandemia da Covid-19 em reunião virtual com dirigentes dos clubes, no último dia 10 de março. Trechos da transmissão foram divulgadas pelo jornal O Dia nesta terça-feira, 23. O Brasil bateu ontem, de acordo com o último dado do Ministério da Saúde, 1.383 novas mortes pela doença e a marca total de 295.425 óbitos.

Publicidade

Paralelamente a isso, o Corinthians deve enfrentar o Retrô-PE em Saquarema, na sexta-feira, 26, em jogo válido pela segunda fase da Copa do Brasil. A informação é do canal do youtube Café do Setorista. Inicialmente, a ideia era que a partida acontecesse também em Volta Redonda, mas o prefeito da cidade, Antônio Francisco Neto, vetou novos eventos esportivos no estádio para suspender a circulação de pessoas. A CBF ainda não se manifestou a respeito.

+ UOL Esporte Clube | Assine e acompanhe transmissões de grandes jogos e programas esportivos de onde você estiver.

Na reunião, Caboclo subiu o tom na conversa, reafirmando a posição da entidade, e citando a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, e os patrocinadores como base para apoiar o seu discurso, explicando que os clubes teriam as receitas congeladas em caso de uma nova paralisação.

Publicidade

“Por gentileza, vamos pensar agora: nós podemos parar o futebol? A Rede Globo não quer. Ninguém quer, seus patrocinadores não querem. E se parar sabe quando nós temos a segurança de dizer que a gente pode voltar? Nunca”, disse Caboclo, que utilizou um palavrão para definir a situação dos clubes.

No trecho divulgado pelo jornal, aparecem os presidentes de diversos clubes. Em um dos momentos, o presidente se refere ao presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, citando possivelmente de forma indireta o governador João Doria com o termo “o governador do Mauricio”. O estado anunciou uma série de novas medidas restritivas no último dia 15, entre elas, a proibição de práticas esportivas.

“No dia que o governador do Mauricio disser que pode. No dia que o prefeito de São Nunca disser que pode… Eu não vou estar à mercê de nenhum deles. Eu vou… Landim, Galiotte, todos os presidentes.. eu vou mandar no futebol brasileiro e vou determinar que vai ter competição e que vocês estão f… se não tiver (competições)”, afirmou Caboclo.

Publicidade

Na sequência, Galiotte sugere que voltem a falar sobre o assunto em outro momento, mas Caboclo rebate: “por que em outro momento?” O presidente do Palmeiras cita que a discussão é bem mais ampla, mas que encerraria a sua colocação.

Continua após a publicidade

A fala de Caboclo foi elogiada pelo presidente do Avaí, Francisco Battistotti. “Parabéns, Rogério, pela sua colocação. Parabéns por essa posição. O Avaí Futebol Clube acha a sua posição corretíssima. Aqui em Santa Catarina, só o Rubinho e eu sentimos na carne o que estão fazendo. Sentimos na carne a influência política determinando que seja cancelado o futebol catarinense. Um dia fecham a cidade. Outro dia por interferência por outros prefeitos fecham a outra. Parabéns, presidente Caboclo”, argumentou.

A PLACAR, a comunicação da emissora explicou que “como vem fazendo desde o início da pandemia, há mais de um ano, a Globo segue respeitando as orientações dadas pelas autoridades competentes e acompanhando as decisões dos organizadores das competições. Entendemos que o momento é de cautela, e que a prioridade é a segurança de todos. Vamos seguir e respeitar todos os protocolos que forem definidos e decididos pelas entidades”.

Também questionada, a CBF disse que mantém o posicionamento já publicado com relação ao assunto anteriormente. “A CBF reitera que a defesa da continuidade do futebol foi posição unânime das 27 Federações e dos Clubes participantes de todas as séries do futebol brasileiro, sempre seguindo rígidos protocolos de saúde, conforme detalhado na nota oficial sobre a reunião”.

Na segunda, os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e de Niterói, Axel Grael , confirmaram novas medidas restritivas em combate à Covid-19, que irá valer a partir da próxima sexta-feira, 26. Entres elas está incluída a proibição de partidas de futebol na cidade, mas não no interior do estado.

Com isso, a Federação Paulista de Futebol (FPF) informou que, após acordo com o governo do Rio Janeiro, realizará nesta terça, às 21h (de Brasília), no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A entidade também cogita mais partidas em outras cidades do estado.

Novo surto

O Marília, clube que disputa a Série A3 do Campeonato Paulista, confirmou na tarde desta terça, 23, que chegou a 16 casos positivos para Covid-19 em nova testagem após série de viagens para enfrentar o Criciúma-SC, em jogo válido pela primeira fase da Copa do Brasil. A equipe empatou sem gols e acabou eliminada da competição.

O clube ainda aguarda resultados de outros exames. Entre os infectados, há dez atletas, além de funcionários e membros da comissão técnica. “Fica registrado o descontentamento do MAC com a transferência da partida pela Copa do Brasil, que deveria ter ocorrido em Marília”, disse a diretoria, em nota.

A partida, inicialmente marcada para Marília, foi transferida para Varginha, no interior de Minas Gerais. Após o decreto que impedia jogos de times de fora do estado, o jogo passou para Cariacica, no Espírito Santo.

 

Continua após a publicidade

Publicidade