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Em meio a calendário caótico, apenas São Paulo se salva entre os paulistas

Time dirigido por Crespo segue firme, enquanto Corinthians, Palmeiras e Santos fraquejam em diferentes competições; compare as campanhas

A pandemia da Covid-19 esvaziou arquibancadas e provocou um verdadeiro caos no calendário do futebol brasileiro. O torcedor chega a ficar confuso com tantos jogos de sua equipe em poucos dias. Quem mais sofre, claro, são os atletas e comissão técnica, que, sem tempo para treinar nem descansar, têm de lidar com a pressão por resultados. No futebol paulista, apenas um clube vem conseguindo passar com certa tranquilidade pelo furacão: o São Paulo, do técnico argentino Hernán Crespo. Já os rivais Palmeiras, Corinthians e Santos vêm fraquejando no Campeonato Paulista, Sul-Americana e Libertadores, respectivamente.

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Nesta quinta-feira, o São Paulo chegou a sua oitava vitória consecutiva na temporada ao bater o Rentistas, do Uruguai, por 2 a 0, no Morumbi, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. O time lidera o grupo E, com dois triunfos em duas partidas. No Paulistão, o São Paulo também é o time de melhor campanha, 25 pontos, com apenas uma derrota em dez jogos. O técnico Crespo, que chegou ao time em fevereiro, se disse feliz com o momento, mas pede cautela.

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“Estamos muito felizes por isso, mas continuamos com os pés no chão, com muita tranquilidade. Sabemos que chegarão momentos mais duros, mas estamos preparados para isso”, disse o experiente ex-atacante com passagens por grandes clubes europeus e seleção argentina. Sob seu comando, o São Paulo vem jogando de forma bastante ofensiva: marcou 30 gols em 12 jogos, com destaque especial para a recuperação do atacante Pablo, autor de quatro gols e duas assistências em nove jogos. “Estou muito feliz pelo momento. Desde o primeiro dia, Crespo me deu confiança e coragem”, afirmou Pablo após a partida.

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Palmeiras quase eliminado do Paulistão

BRASILIA, BRAZIL - APRIL 14: Raphael Veiga of Palmeiras celebrates after scoring the first goal of his team via penalty during a match between Palmeiras and Defensa y Justicia as part of the second leg of the Conmebol Recopa at Mane Garrincha Stadium on April 14, 2021 in Brasilia, Brazil. (Photo by Ueslei Marcelino-Pool/Getty Images)
Apesar da boa fase de Raphael Veiga, Palmeiras vem oscilando Ueslei Marcelino/Getty Images

O ambiente mudou rápido no Palestra Itália. Campeão da Libertadores e da Copa do Brasil de 2020, o Palmeiras amargou duas derrotas seguidas em finais, nos pênaltis, para o Flamengo, na Supercopa do Brasil, e para o Defensa y Justicia, da Argentina, pela Recopa Sul-Americana, ambas em Brasília. Depois disso, com uma maratona quase desumana de jogos (sete em 13 dias, ou seja, dia sim e dia não), o time se complicou no Campeonato Paulista.

Nesta quinta, com derrota em casa por 1 a 0 para a Inter de Limeira, na qual o técnico Abel Ferreira mandou a campo uma time sem nenhum zagueiro de ofício, o Palmeiras permaneceu com 12 pontos, a seis do Novorizontino, segundo colocado, e a nove do líder Red Bull Bragantino. Como apenas as duas primeiras colocadas da chave avançam, e restando apenas três jogos, o atual campeão tem poucas chances de se classificar à segunda fase.

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O técnico português admitiu que via o Estadual como uma forma de desenvolver seus atletas mais jovens. “Quando acabou a temporada, tivemos uma conversa muito séria sobre este campeonato. E só hoje vou admitir pela primeira vez que é uma competição única e exclusivamente para dar oportunidade aos mais novos. Mas estamos todos representando o Palmeiras. Newton e Papagaio vão ser cobrados como Rony e Luiz Adriano. Queríamos ganhar o jogo, não conseguimos. Estamos pagando uma fatura cara nesta competição pelo desgaste de energia de todos nós.” Ao menos na Libertadores, o que realmente importa para o clube, o Palmeiras vai bem: dois jogos em duas partidas.

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Corinthians: novo tropeço na Sul-Americana deixa Mancini pressionado

No caso alvinegro, ocorre o contrário: vai bem no Paulista (com 21 pontos, nove a mais que o segundo colocado do Grupo A, a Inter de Limeira, já está garantido na segunda fase), mas está praticamente eliminado na Copa Sul-Americana, que, em tese, seria sua prioridade. Nesta quinta, mesmo jogando em Itaquera, o Corinthians foi derrotado por 2 a 0 pelo Peñarol, do Uruguai. Antes, já havia empatado com o River Plate do Paraguai, em Assunção.

Como apenas o primeiro colocado avança, e o time já está a cinco pontos do Peñarol, as chances de classificação são remotas. O técnico Vagner Mancini disse estar tranquilo, apesar das críticas de boa parte da torcida. No próximo domingo, o time faz clássico contra o São Paulo, pelo Paulistão.

“Sabemos o que vem acontecendo, ninguém está livre de pressão. A gente confia em um bom jogo domingo porque estamos vendo evolução. Hoje tivemos uma derrota muito em cima de dois erros, o Corinthians teve superioridade, mas não soube aproveitar”, afirmou Mancini. “Estou tranquilo, tenho o respaldo da diretoria, e isso é importante, gera confiança.”

Santos: mal em todas as competições, em busca de técnico

Dos quatro grandes do Estado, o Santos é quem tem a pior situação. Na última segunda-feira 26, o técnico argentino Ariel Holan surpreendeu ao pedir demissão após apenas dois meses (foram 12 jogos, com quatro vitórias, três empates e cinco derrotas, um aproveitamento de 41,6%). Ele vinha chateado não apenas com os resultados ruins, mas com a saída de jogadores importantes, como Yeferson Soteldo, e com a cobrança excessiva de parte da torcida, que chegou a lançar fogos de artifício em frente à sua casa.

Um dia depois, o time foi derrotado por 2 a 0 pelo Boca Juniors, em La Bombonera, e permaneceu sem pontos em duas rodadas da Libertadores. No Paulistão, o time da Vila Belmiro é o terceiro colocado do Grupo D, com nove pontos em nove jogos, atrás de Mirassol (17 pontos) e Guarani (11). Enquanto busca um novo técnico (Luiz Felipe Scolari, Renato Gaúcho, Guto Ferreira, Lisca, Dorival Júnior estão entre os cotados), o time seguirá sendo dirigido pelo auxiliar Marcelo Fernandes.

Ariel Holan, no jogo de ida da final da Copa Sulamericana de 2017, entre Independiente e Flamengo, no Estadio Libertadores de America -
Ariel Holan deixou o Santos em apenas 63 dias Marcelo Endelli/Getty Images

 

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