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Em Berlim, o massacre dos 7 a 1 já ficou no passado – dos alemães

Alemães mostram respeito quatro anos após a goleada e lamentam por Neymar estar fora do amistoso

Logo na chegada ao aeroporto de Berlim, em uma breve troca de palavras com o oficial de imigração, ficou evidente que os 7 a 1 da Copa do Mundo de 2014 está historicamente marcado na imagem do futebol brasileiro. No entanto, nesta e em todas as outras conversas com alemães neste fim de semana e também nas entrevistas dos jogadores, houve uma clara demonstração de respeito pelo Brasil, lamento pela ausência do lesionado Neymar e a certeza de uma evolução da equipe após a fatídica goleada de quatro anos atrás no Mineirão. Para os alemães, a goleada ficou para trás, apenas faz parte do passado.

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“Você veio para o jogo, então? Claro, você é brasileiro. Tenho certeza que desta vez a partida será mais equilibrada. O que aconteceu no Mundial no Brasil foi impressionante, um dia muito ruim para vocês. Boa sorte no jogo e boa estadia”, disse o oficial de imigração do aeroporto de Tegel, em Berlim, logo após carimbar o passaporte e perguntar o motivo da viagem à capital alemã.

O meia Toni Kroos, que fez dois gols no 7 a 1, também adotou um tom respeitoso e elogiou a equipe de Tite. “O time atual está dois passos à frente daquele de 2014. Meu companheiro no Real Madrid, Casemiro, está indo bem. O Brasil é certamente um dos favoritos ao título.

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Nas ruas de Berlim, na região de pontos turísticos como o Portão de Brandemburgo ou na Alexanderplatz, nada se vê relacionado ao amistoso desta terça. Nas conversas com os alemães, o consenso é de uma partida importante entre duas grandes seleções, mas o que vale de verdade é a Copa do Mundo, que começa em menos de três meses, na Rússia.

Assim como naquela semifinal de 2014, Neymar está machucado e desfalcará o Brasil, desta vez se recuperando de fratura no quinto metatarso do pé direito. Já a Alemanha não contará com o meia Özil e com o atacante Thomas Müller, que ganharam folga após o empate com a Espanha por 1 a 1 na última sexta-feira.

“Eu queria que o Neymar jogasse, é melhor quando as duas equipes jogam com a força máxima. Acho que mesmo que ele estivesse em campo naquele jogo, a Alemanha ganharia de qualquer forma, mas talvez não com aquele placar. Ninguém imaginava que seria tão fácil. Com certeza isso não vai se repetir na terça. A verdade é que esse jogo não vale muita coisa. Espero que Brasil e Alemanha voltem a se enfrentar no Mundial da Rússia, lá é que importa”, disse o torcedor Patrick Schütz, que em nenhum momento esboçou qualquer tentativa de deboche pelo placar histórico.

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Nesta terça-feira, Brasil e Alemanha se enfrentam em amistoso às 15h45 (horário de Brasília), no estádio Olímpico, no primeiro encontro das equipes principais dos dois países após a semifinal da última Copa. A seleção deve ter apenas uma alteração em relação ao time que venceu a Rússia, por 3 a 0, na última sexta em Moscou: o meia Fernandinho na vaga do atacante Douglas Costa. Tite deve escalar Alisson, Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Fernandinho, Paulinho, Coutinho e Willian; Gabriel Jesus.

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