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Eduardo Baptista: “Me chama de burro, mas não de desonesto”

Ex-treinador do Palmeiras quebrou o silêncio após sua demissão precoce

Demitido há duas semanas do cargo de treinador do Palmeiras, Eduardo Baptista finalmente quebrou o silêncio após o anúncio de sua saída do atual campeão brasileiro. Em entrevista ao jornalista André Henning, do canal Esporte Interativo, o técnico disse que o motivo de seu desligamento foi a eliminação do Campeonato Paulista para a Ponte Preta, vice-campeã do torneio.

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“O desgaste emocional da partida contra o Uruguai (a vitória sobre o Peñarol, em Montevidéu, por 3 a 2) foi muito grande, e nós não estávamos preparados para enfrentar a Ponte Preta”, disse Eduardo. Na época, o treinador até cogitou colocar um time alternativo em campo na semifinal do Paulistão, mas o time sem titulares acabou atropelado num jogo-treino contra o Nacional, dias antes da partida, e desistiu do plano. “No Palmeiras existe uma pressão grande para se ganhar tudo”, resumiu.

Contratado pela diretoria do Palmeiras para treinar a equipe no ano de 2017, Baptista foi demitido com menos de seis meses de permanência do cargo. A sequência de maus resultados, principalmente a eliminação para a Ponte Preta no Campeonato Paulista e a derrota para o boliviano Jorge Wilstermann na Copa Libertadores, foram cruciais na decisão do presidente palmeirense Mauricio Galiotte em sacar o treinador de maneira tão precoce.

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Sobre as especulações sobre os motivos de sua saída, Baptista tratou de minimizar a tese de que teria problemas com o elenco palmeirense. “Os problemas estão sempre dentro do campo. Você não vira um jogo como viramos no Uruguai com o grupo rachado”, disse, embora reconheça a pressão pela escalação de determinados jogadores. “A pressão de ter tirado o Borja foi imensa. Pô, ele custou 10 milhões! Mas como eu olharia na cara dos meus jogadores no dia seguinte?”

Em outra polêmica, desta vez sobre o bate-boca indireto com o jornalista Juca Kfouri, que o rotulou como “maleável”, Eduardo repetiu as palavras ditas aos berros após a vitória sobre o Peñarol, num tom abaixo, é claro. “Você pode me chamar de burro, mas não me chama de desonesto”. Minimizou, portanto, a suposta briga com o atacante Róger Guedes. “Tem horas que você não pede ‘por favor’ (ao jogador). Mas agora isso é chamado de crise. Não se pode fazer nada.” Baptista ainda lembrou do episódio envolvendo Rogério Ceni, que chutou um quadro no vestiário num arroubo de raiva. “No mundo do futebol, isso é comum.  O estranho é 15 dias depois do ocorrido, ainda falarem disso.”

Eduardo ainda tratou de elogiar o técnico Cuca, ao mesmo tempo antecessor e procedente no cargo. “Ele me ligou (quando aceitou o convite de volta). Foi uma conversa numa boa, como eu liguei pra ele quando fui contratado. Falamos um pouco de parte tática, pois ele não conhece vários jogadores. Ele pegou um novo Palmeiras, chegaram alguns jogadores com características bem diferentes do que ele tinha no ano passado. Mas pessoas altamente competentes merecem vencer.”

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