Publicidade
Publicidade

Dirigente do Bayern detona PSG e City: ‘Dinheiro de m… não é suficiente’

Ex-jogador Uli Hoeness mirou sua artilharia em Nasser Al-Khelaifi, o dono catari do clube francês. "Não sei nem se ele gosta de futebol", ironizou

O futebol europeu de clubes está parado para a data Fifa, mas uma declaração de um famoso ex-jogador e dirigente alemão agitou o noticiário local nesta sexta-feira, 12. Uli Hoeness, presidente de honra do Bayern de Munique teceu duras críticas ao Paris Saint-Germain e ao Manchester City, que são geridos por fundos multimilionários do Catar e dos Emirados Árabes Unidos, respectivamente.

Publicidade

Black Friday Abril: Assine #PLACAR digital no app por apenas R$ 6,90/mês. Não perca!

“O seu dinheiro de m… não é suficiente”, cravou Hoeness, de 69 anos, ao podcast dedicado a sua vida, “11 Life – The World of Uli Hoeness”. “Estes dois clubes não ganharam nada até agora. Nada de nada. Vão perder novamente contra nós. Não sempre, mas às vezes. E esse tem de ser o nosso objetivo, fico muito feliz quando ganhamos deles. É isso que me estimula”, afirmou Hoeness.

Campeão do mundo pela seleção alemã como jogador em 1974 e ex-presidente do Bayern (deixou o cargo ao ser preso em 2014 por fraude fiscal), Hoeness mirou sua artilharia em Nasser Al-Khelaifi, o dono catari do PSG.  “Se Al-Khelaifi é o novo Uli Hoeness? Não, não creio. Não sei nem se ele gosta de futebol. A diferença entre mim e ele é que eu ganhei o meu dinheiro com trabalho árduo e ele recebeu-o de presente. Colocam à sua disposição e não precisa de trabalhar para isso. Quando quer um jogador, vai falar com o seu Emir”, afirmou.

Publicidade

City e PSG acumularam vária taças nacionais na última década, mas ainda perseguem o título da Liga dos Campeões. A equipe francesa foi derrotada na decisão de 2020 pelo próprio Bayern, enquanto os ingleses perderam a última decisão para o vizinho Chelsea.

Hoeness, por sua vez, conquistou três Champions como atacante (1974, 1975 e 1976) e mais a de 2013 como presidente. Ele renunciou ao cargo no ano seguinte ao ser condenado a prisão e admitido culpa por fraude fiscal, tendo cumprido 21 meses de encarceramento, cerca de metade sob um regime de liberdade condicional, passando apenas as noites na cadeia. Ele voltou ao cargo em 2016, mas atualmente ocupa a posição simbólica posição de presidente honorário.

Ainda não assina Star+?! Clique aqui para se inscrever e ter acesso a jogos ao vivo, séries originais e programas exclusivos da ESPN!

Publicidade

Bayern também tem ligação com Catar

Apesar dos ataques de Hoeness, o próprio Bayern de Munique mantém laços comerciais com o Catar – a relação, aliás, teve início na própria gestão do ex-jogador. Desde 2011, o clube bávaro realiza treinamentos de inverno e jogo de pré-temporada no Golfo Pérsico. Em 2017, o clube assinou contrato de patrocínio com o Aeroporto de Doha. No ano seguinte, a parceria foi substituída pela Qatar Airways, companhia aérea estatal que também patrocina o PSG e fez questão de celebrar a presença dos dois na decisão.

O Bayern também está ligado ao país árabe por meio da Qatar Holding LLC, que detém 14,6% das ações da Volkswagen – enquanto a Audi, que pertence ao Grupo Volks, tem uma participação de 8,33% no clube alemão. As relações motivaram protestos de cerca de torcedores do Bayern que há dois anos organizaram eventos e acusaram o clube de fazer “vista grossa” em relação às denúncias de abuso dos direitos humanos no país.

Publicidade