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Cristiano, abatido, falha na despedida: ‘Não conseguimos’

Há pouco mais de um mês, astro português comemorava a conquista da Liga dos Campeões com o Real. Agora, o melhor do mundo em 2013 está de férias

“O que fica deste jogo para mim é que a classificação era possível. O pior é que nós criamos muitas oportunidades, mas não soubemos concretizar essas chances. Não conseguimos”

Cristiano Ronaldo sentiu o peso da eliminação de Portugal logo na primeira fase da Copa do Mundo. Confirmada a sina dos craques que ganham o troféu de melhor jogador do planeta num ano e naufragam no Mundial disputado em seguida, o astro não comemorou seu único gol na competição, já no final do jogo contra Gana, nesta quinta-feira, mesmo garantindo a única vitória portuguesa em sua breve e frustrante jornada pelo Brasil. Afinal, o craque sabia que estava devendo: com sua equipe precisando de muitos gols para superar os Estados Unidos na classificação do Grupo G, Cristiano não foi capaz de exibir o mesmo poder de fogo que garantiu a ele o prêmio entregue na festa de gala da Fifa, no começo deste ano. Apenas 33 dias depois de conquistar um dos títulos mais importantes de sua carreira (com o Real Madrid, na Liga dos Campeões), Ronaldo amargou uma de suas grandes decepções como atleta.

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Foi sua terceira �Copa do Mundo, e a pior desde que chegou à seleção (em 2006, Portugal foi quarto colocado, e em 2010, chegou às� oitavas). Abatido e mancando, com uma atadura logo abaixo do joelho, Cristiano pouco falou ao aparecer para receber o prêmio de melhor em campo em Brasília. Só sorriu no momento de ser clicado pelo fotógrafo que produz as imagens de divulgação do patrocinador do troféu – depois dos flashes, voltou a fechar a cara. O craque admite que o destino de sua seleção na Copa passou por seus pés – e, justamente num momento esperou por tanto tempo, não conseguiu brilhar� tão intensamente quanto se esperava. “Era um jogo que precisávamos ganhar, e até ganhamos, mas faltaram os gols. O que fica deste jogo para mim é que a classificação era possível”, lamentou, em voz baixa. “Sabíamos que era difícil, pois a gente precisava ganhar por quatro gols de diferença. O pior é que nós criamos muitas oportunidades, mas não soubemos concretizar essas chances. Não conseguimos.”

De fato, um Cristiano mais inspirado, como o de boa parte da última temporada europeia, talvez fosse capaz de deixar Portugal bem mais próximo das oitavas: ele parou no goleiro Dauda em quatro oportunidades. Numa quinta, mandou sobre o gol. Só acertou um drible e foi desarmado em três tentativas. Na hora de servir aos companheiros, falhou: não deu nenhuma assistência ou passe decisivo e não acertou nenhum cruzamento (num desses erros, quase fez um gol acidental, acertando o travessão ao tentar encontrar Éder na área). O gol serviu como prêmio de consolação para encerrar uma temporada inesquecível, mesmo com a decepção na Copa. A fragilidade mostrada pela seleção portuguesa nesta quinta deixou claro que o título mundial no Brasil não passava de uma distante� ilusão. O melhor jogador do mundo em 2013 está de férias – e, pelo que os rivais Messi, Neymar e Thomas Müller têm feito na Copa, dificilmente repetirá o prêmio em 2014.

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