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Craques da NBA se despedem do Brasil já querendo voltar

Técnico dos Cavs e astro Dwyane Wade aprovam viagem de pré-temporada ao país. Anfitrião do show, Anderson Varejão ficou emocionado com homenagens

“Todos nos beneficiamos: a liga, os jogadores, os torcedores. É ótimo que a NBA possa vir a um país como o Brasil”, disse Dwyane Wade

A segunda edição do NBA Global Games no Rio de Janeiro deixará boas lembranças não só para os fãs brasileiros, que tiveram a chance acompanhar um show de basquete de primeira categoria, mas também para as estrelas da liga que participaram do evento de sábado. Depois da dramática vitória do Cleveland Cavaliers sobre o Miami Heat na prorrogação, os principais jogadores das duas equipes – incluindo o melhor do mundo, LeBron James, e o brasileiro Anderson Varejão – falaram sobre os quatro dias de pré-temporada no Brasil. Varejão, é claro, era o mais satisfeito – o atleta da seleção brasileira que foi ovacionado pela torcida na HSBC Arena, na Barra da Tijuca. “Tive que me controlar para não chorar quando a torcida gritou meu nome. Vi meus amigos e familiares torcendo por mim e tive a chance de mostrar um pouco do que temos em nosso país aos meus companheiros. Vou me lembrar disso tudo para sempre. É muito louco estar disputando um jogo de NBA aqui. É incrível”, afirmou o pivô capixaba de 32 anos.

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Varejão marcou catorze pontos em seus vinte minutos em quadra. Com seu jeito extrovertido, se disse satisfeito com o desempenho. “Disse para mim mesmo antes do jogo que, jogando em casa, teria que fazer pelo menos dois pontos. Aí acertei logo a primeira tentativa e pensei: ‘Opa, hoje vai ser bom’. Joguei bem solto e dei sorte de as bolas caírem.” O bom humor de “Andy”, como é chamado pelos companheiros de Cavaliers, contagiou também seu treinador, David Blatt. “Andy teve uma ótima atuação. Parecia até que estava em casa, né? É maravilhoso tê-lo ao nosso lado, é um grande ser humano e está fazendo um grande trabalho. Gostaríamos que os fãs soubessem que o Brasil é parte do nosso time, pois temos um representante do país conosco todos os dias.” Blatt ainda falou sobre a visita dos jogadores dos Cavaliers a pontos turísticos da cidade, como o Corcovado e o Cristo Redentor, e disse que a preparação agradou à comissão técnica. “Foi proveitoso por várias razões. Tivemos dois treinos muito bons, colocamos os jogadores em forma e acertamos algumas coisas. No resto do tempo, deixamos eles aproveitarem o Brasil, uma oportunidade inesquecível para todos. E, no fim, ainda fizemos um grande jogo.”

O ala Dwyane Wade, principal estrela do Heat e um dos melhores jogadores do mundo, também comemorou a vinda ao Brasil. Questionado sobre um possível desgaste provocado pela fase de preparação longe dos Estados Unidos, Wade se disse favorável à realização de mais jogos como o de sábado. “Todos nos beneficiamos: a liga, os jogadores, os torcedores. É ótimo que a NBA possa vir a um país como o Brasil, que apesar de não ser tão identificado com o basquete, se envolveu bastante para celebrar o evento. A NBA tem feito um grande esforço para tornar o jogo global e vem conseguindo.” Wade contou ter passado momentos muito agradáveis durante sua estadia no Rio, mas decepcionou o público ao reafirmar que não tem interesse em disputar sua terceira Olimpíada, em 2016, na cidade. “Não sei, talvez eu venha com meus filhos para torcer. Foi uma semana especial, mas de muito trabalho. Não consegui aproveitar a cidade o tanto que queria, mas gostaria de voltar e um dia aproveitar, longe do basquete. Minha mulher e meus filhos aproveitaram mais do que eu. Ah, mas a comida eu consegui provar, e é muito boa.”

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Reencontro – LeBron também demonstrou ter aprovado sua segunda vinda ao Brasil – na primeira, havia assistido à final da Copa do Mundo, no Maracanã. Na entrevista coletiva concedida depois do jogo, porém, o atleta mais valioso do mundo falou pouco, dando sinais de ter se cansado de responder às perguntas sobre a sensação de enfrentar o Miami, equipe que defendeu nos últimos quatro anos. “Foi um momento especial rever meus companheiros, mas não senti nada estranho. Foi bom encontrar pessoas com quem conquistei coisas importantes”, disse, de cara fechada. Em seguida, o astro, que foi poupado em boa parte do jogo e marcou apenas sete pontos, minimizou a importância de sua apagada atuação. “Acho que não consegui encontrar meu próprio ritmo, mas o importante é que o time jogou bem. Não estou muito preocupado com meu desempenho individual neste momento”. Por fim, LeBron não quis saber de brincadeira quando um repórter do programa humorístico CQC, da Bandeirantes, falou sobre uma aposta que fez com Anderson Varejão. O pivô brasileiro teria se comprometido a alisar seus cachos caso os Cavaliers conquistem a liga. LeBron deu um sorriso tímido e pediu que seu colega Kevin Love respondesse por ele. “Bom, faremos de tudo para ser campeões então”, disse o cestinha da partida.

Outro craque consagrado que falou ao final da partida foi o ala-pivô Chris Bosh. Ao contrário do que fez durante os treinamentos, o jogador de 31 anos não se incomodou ao ser questionado sobre o reencontro com LeBron e considerou que o ex-companheiro teve boa atuação. “Sabíamos que seria difícil marcá-lo. Além de atacar bem, ele também passa muito bem a bola. De qualquer forma, agora ele não veste mais nosso uniforme e nós só temos que pensar no nosso próprio time.” Bosh elogiou a participação dos reservas da equipe – que, liderados pelo novato Shabazz Napier, conseguiram tirar uma diferença de dezenove pontos e levar a partida para a prorrogação. Mais uma vez, no entanto, o nome de LeBron foi citado. “Os meninos foram bem, estão melhorando bastante e precisamos muito deles. Antes, com o LeBron aqui, era mais simples, ele facilitava a vida de todos. Mas agora precisamos continuar crescendo como um time.” A temporada 2014-2015 será aberta em 28 de outubro, com Cleveland e Miami entre os candidatos a destronar o campeão San Antonio Spurs.

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