CPI pedirá quebra de sigilo de ex-namorada de Del Nero
Além da modelo e apresentadora Carolina Galan, serão investigados dirigentes e empresários ligados à CBF
A CPI do Futebol voltará a se reunir nesta quarta-feira, em audiência que pode mudar os rumos da investigação e complicar a situação de dirigentes que comandam atualmente o futebol brasileiro, como o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Serão apreciados 23 requerimentos, entre eles vários que pedem a quebra dos sigilos bancários e fiscal de pessoas que tiveram ou têm ligações com a entidade, como o atual vice-presidente financeiro, Rogério Caboclo, e o empresário Kleber Leite, dono da Klefer, empresa que mantinha parceria com a CBF. Também será pedida a quebra de sigilo de Carolina Galan, ex-namorada de Del Nero, que teria recebido do dirigente uma transferência de 1 milhão de reais.
Del Nero desconversa, mas diz que vai permanecer em cargo na Fifa
Marin lucrou mais de R$ 6 milhões com Copa do Mundo no Brasil
Marin aceitou extradição para os EUA a contragosto
CPI do Futebol aprova quebra do sigilo bancário de Marin
Lilian Cristina Martins, que foi proprietária de uma cobertura adquirida por Del Nero num condomínio na zona oeste do Rio de Janeiro, também terá o sigilo quebrado, para investigar se os valores do negócio foram subfaturados. Outro requerimento pede a quebra dos sigilos do empresário Wagner Abraão, dono do Grupo Águia, que desde a administração Ricardo Teixeira cuida das viagens da seleção brasileira. Galan e Caboclo, entre outros, também terão a transferências de seus contatos telefônicos e telemáticos solicitados.
O COL, Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, também terá a quebra de todos os seus sigilos pedida pela CPI, bem como seus demonstrativos de resultados e lucros. O objetivo é saber quanto ganharam pessoas ligadas ao COL, como o ex-presidente da CBF José Maria Marin, e se estes recebimentos foram legais. Extraditado para os Estados Unidos, Marin segue em prisão domiciliar, em seu apartamento em Nova York, enquanto aguarda julgamento. Já Del Nero tem evitado qualquer viagem internacional desde a prisão de sete cartolas, incluindo Marin, em maio, em Zurique.
(com Estadão Conteúdo)
