Corte mostra fotos de Pistorius ensanguentado após crime
As imagens do atleta, sem camisa, apareceram nas TVs do tribunal em Pretória
Fotos que mostram Oscar Pistorius ensanguentado, tiradas pela polícia logo depois de o corredor sul-africano ter matado a namorada a tiros, em fevereiro do ano passado, foram exibidas nesta sexta-feira, em mais um dia de julgamento do astro paralímpico, em Pretória, na África do Sul. Os promotores do caso do velocista, acusado de assassinato premeditado de Reeve Steenkamp, mostraram duas fotos do atleta sem camisa e com manchas de sangue. As imagens apareceram nos monitores de TV colocados no tribunal onde ele está sendo julgado. Em uma delas, o corredor biamputado é visto de frente para câmera, usando próteses no lugar das pernas, e é possível perceber manchas de sangue em suas canelas e no calção que vestia. Na outra foto trazida a público pelos promotores, Pistorius é retratado da cintura para cima. Também há marcas de sangue em partes de seu corpo.
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As fotos foram tiradas por um policial na casa de Pistorius, a cena do crime. Em liberdade condicional após pagar fiança no ano passado, o astro paralímpico alega que atirou em Reeva por engano, ao confundi-la com um ladrão. A promotoria, porém, o acusa de ter matado a namorada de forma intencional, após uma discussão. O policial G.S. Van Rensburg falou sobre os primeiros momentos da investigação – ele chegou ao local do crime entre 30 e 40 minutos depois de Pistorius ter efetuado os quatro tiros que provocaram a morte de Reeva. Ex-chefe da delegacia que fica próxima à casa de Pistorius em Pretória, Van Rensburg afirmou que não prendeu o atleta de imediato depois que constatou a morte de Reeva a tiros, mas disse ter avisado a ele que precisava permanecer no local. “Falei que o considerava suspeito”, afirmou.
Na quinta, o advogado de Pistorius, Barry Roux, apresentou uma imagem das próteses ensanguentadas do corredor para demonstrar que o velocista sul-africano as usava no momento em que disparou contra a porta do banheiro onde estava Reeva. A defesa alega que ele fazia uso das próteses quando golpeou a porta com o bastão de críquete para entrar no banheiro onde Reeva estava trancada. Johannes Vermeulen, especialista da polícia forense, contestou a versão de Pistorius ao participar da recriação da cena do crime na sala do tribunal. O perito chegou a se ajoelhar para demonstrar que o atleta teria atingido a porta com o taco de críquete quando estava sem as próteses nas duas pernas. Essa conclusão é importante porque, caso fique comprovado que ele mentiu sobre o uso das próteses, sua versão sobre um homicídio acidental ficará enfraquecida.
(Com Estadão Conteúdo)
