Corte Arbitral do Esporte rejeita recursos de atletas russos
Tribunal não acatou pedido de 47 atletas e técnicos da Rússia para serem autorizados a competir na Olimpíada de Inverno de PyeongChang
A Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou na cidade de PyeongChang, na Coreia do Sul, onde nesta sexta-feira começa oficialmente a edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, que rejeitou os recursos apresentados por um total de 47 atletas e técnicos russos contra a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de não convidá-los para o evento esportivo.
A decisão foi anunciada durante um pronunciamento no Centro Principal de Imprensa de PyeongChang por Matthieu Reeb, secretário-geral da CAS, explicando que a divisão do tribunal que explicou que a divisão criada para este fim (Divisão Ad hoc) rejeitou os recursos apresentados “no dia 6 de fevereiro por 32 atletas russos” e “no dia 7 de fevereiro por (outros) 15 atletas e treinadores russos” contra o COI.
Devido à suspensão do Comitê Olímpico Russo pela corrupção do sistema antidoping em seu país, só poderão participar dos Jogos de PyeongChang os atletas convidados pelo COI, que representarão uma bandeira neutra. Os russos que entraram com recurso na CAS argumentaram que nunca estiveram implicados na violação das regras antidoping.
“Em suas decisões, o painel de arbitragem considerou que o processo criado pelo COI para estabelecer uma lista de convite para competir (na equipe de) Atletas Olímpicos da Rússia não podia ser descrito como uma sanção, mas como uma decisão de elegibilidade”, explicou hoje, em PyeongChang, o secretário-geral da CAS.
“Embora o Comitê Olímpico Russo tenha sido suspenso, o COI decidiu oferecer a oportunidade de forma individual para diferentes atletas sob condições prescritas, um processo que foi projetado para estabelecer um equilíbrio entre os interesses do COI em sua luta global contra o doping e os interesses de cada um dos atletas da Rússia”, explicou Reeb.
O secretário-geral da CAS explicou que o seu painel de arbitragem entende que os autores “não mostraram” que a maneira pela qual as duas comissões especiais – o Painel de Análise de Convites e o Grupo de Implementação de Atletas Russos – fizeram “suas avaliações independente ocorreram de forma discriminatória, arbitrária e injusta”.