Corpo da ex-tenista Maria Esther Bueno é velado na sede do governo de SP
Velório da tenista mais vitoriosa do Brasil segue até as 15h e o sepultamento será às 16h. Governador de São Paulo decretou luto oficial de três dias
O corpo da ex-tenista Maria Esther Bueno, que morreu nesta sexta-feira, 8, aos 78 anos, é velado neste sábado, 9, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Considerada a maior tenista do país, ela tratava de um câncer na boca que se espalhou pelo organismo e agravou seu estado de saúde.
O governador paulista, Márcio França, emitiu nota de pesar pelo falecimento da ex-tenista, na qual decreta luto oficial de três dias. O velório segue até as 15h no Palácio e o corpo será sepultado às 16h, no Cemitério da Consolação, na região central da capital paulista.
Tenista mais vitoriosa da história do Brasil, Maria Esther Bueno foi número 1 do ranking mundial por quatro temporadas (1959, 1960, 1964 e 1966) e conquistou dezenove títulos de Grand Slam – sete na categoria individual, onze em duplas e um em duplas mistas.
Nos torneios de simples, a “bailarina”, como ficou conhecida, por causa de sua elegância no estilo de jogar, levou três taças em Wimbledon (1959, 1960 e 1964) e quatro no US Open (1959, 1963, 1964 e 1966).
Em duplas, foram cinco conquistas em Wimbledon (1958, 1960, 1963, 1965 e 1966), quatro no US Open (1960, 1962, 1966 e 1968), uma em Roland Garros (1960) – no mesmo lugar e no mesmo ano, ela levou também o título em duplas mistas – e uma no Aberto da Austrália (1960). As conquistas em vários tipos de piso mostram a versatilidade e o talento da tenista brasileira.
Um ano após anunciar sua aposentadoria, Maria Esther Bueno teve seu nome incluído no Hall da Fama do Tênis em 1978, mesmo ano em que uma estátua de cera no famoso museu londrino Madame Tussaud foi feita em sua homenagem. Por vários anos foi convidada especial em torneios do Grand Slam. Ao todo, foram 589 títulos internacionais. Foi eleita a melhor tenista do século 20 da América Latina.
Em 1959, após sua primeira conquista em Wimbledon, Maria Esther Bueno desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, e seguiu direto de helicóptero, que servia à Presidência da República, até o Palácio das Laranjeiras, onde foi recebida pelo presidente Juscelino Kubitschek. Ela ganhou a medalha do Mérito Desportivo. De lá foi para São Paulo, sua cidade natal, e desfilou pelas ruas lotadas de fãs em carro do Corpo de Bombeiros do Aeroporto de Congonhas até o centro.
Seu nome está no Livro dos Recordes: a final do US Open de 1964, contra a americana Carole Caldwell Graebner, Maria Esther Bueno venceu em apenas 19 minutos.