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Coronavírus: Bola de Ouro não será entregue pela primeira vez na história

“Acreditamos que um ano tão único não pode – e não deve – ser tratado como um ano comum”, informou a ‘France Football’ para justificar o cancelamento

Pela primeira vez desde a sua criação em 1956, a premiação individual mais prestigiosa do futebol mundial não será entregue. A revista France Football anunciou nesta segunda-feira, 20, que não entregará a Bola de Ouro ao melhor jogador do mundo em 2020 devido à pandemia de coronavírus. Segundo a publicação, a interrupção do calendário de disputas entre março e maio e as mudanças nas regras afetariam a credibilidade e legitimidade da eleição.

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“Acreditamos que um ano tão único não pode – e não deve – ser tratado como um ano comum”, justificou a France Football, que considera que entregar o prêmio no ano marcado pela pandemia seria “afixar um asterisco indelével na lista de prêmios”. A medida da revista segue a mesma linha da liga francesa, única entre as grandes da Europa que antecipou seu fim devido ao surto de Covid-19.

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Apenas dois meses (janeiro e fevereiro), dos 11 geralmente necessários para formar uma opinião e decidir entre os melhores, é muito pouco para avaliar e julgar, uma vez que os outros jogos ocorreram – ou ocorrerão – em outras condições (portões fechados, cinco substituições, quartas de final da Liga dos Campeões em uma única partida) que estão muito longe do panorama usual”, diz trecho do comunicado da revista.

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A notícia é uma decepção para o brasileiro Neymar, que segue em busca da conquista individual e também do título da Liga dos Campeões pelo PSG. O clube francês está classificado às quartas de final da Liga dos Campeões, que será disputada em novo formato, em Lisboa, no mês que vem. Uma eventual conquista possivelmente colocaria o atacante brasileiro entre os favoritos à Bola de Ouro.

No entanto, astros como Neymar, Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Kevin De Bruyne, Karim Benzema, Kylian Mbappé e Robert Lewandowski ainda podem receber o outro importante prêmio de melhor do mundo, o The Best, da Fifa. Em maio, a entidade informou que não faria a entrega de forma presencial, mas não cogitou seu cancelamento.

No ano passado, Messi bateu o recorde ao receber a Bola de Ouro pela sexta vez (o prêmio foi unificado com o da Fifa entre 2010 e 2015), superando o português Cristiano Ronald, que tem cinco. A americana Megan Rapinoe foi a vencedora na categoria feminina e o goleiro brasileiro Alisson Becker levou o Troféu Yashin, de melhor goleiro do mundo.

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