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Corinthians quer processar vândalo que brigou em Itaquera

Tiago dos Santos Ferreira se envolveu em três grandes confusões desde 2013

“Fomos jogar em Cuiabá porque perdemos o mando de campo por causa de uma briga de duas torcidas nossas”, lamenta o presidente do clube

Acusado com frequência de colaborar com as torcidas organizadas – e, com isso, acabar protegendo grupos que protagonizam episódios de violência no futebol -, o Corinthians promete dar um bom exemplo aos outros clubes. A diretoria afirma que vai processar Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, torcedor envolvido na briga entre corintianos no clássico contra o São Paulo, no mês passado. A pancadaria entre integrantes das organizadas Pavilhão 9 e Camisa 12 no Itaquerão fez o Corinthians ser multado em 50.000 reais pelo STJD e perder um mando de campo (jogou contra o Vitória em Cuiabá). Ferreira já tinha se envolvido em outras confusões. “Vou determinar ao departamento jurídico que entre com uma ação. Vou procurar saber quem é, pedir para o jurídico verificar e buscar a Justiça”, prometeu o presidente Mário Gobbi.

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Ferreira é um dos doze corintianos que foram presos no ano passado em Oruro, na Bolívia, sob acusação de participação na morte do garoto Kevin Espada, durante partida da Copa Libertadores. Depois de uma grande mobilização, inclusive de autoridades brasileiras, o grupo foi solto. Ferreira também foi preso em fevereiro deste ano, depois de invadir o CT do clube, com outros cem torcedores. A participação de Ferreira na briga do Itaquerão foi revelada na semana passada. As imagens foram avaliadas por técnicos do Instituto Brasileiro de Peritos. Líder da Pavilhão 9, o torcedor chega a acertar um chute em um integrante da Camisa 12. Gobbi decidiu processar Ferreira por não concordar com a pena imposta pela STJD ao clube. “Fomos jogar em Cuiabá porque perdemos o mando de campo por causa de uma briga de duas torcidas nossas na Arena Corinthians”.

Apesar de ter tomado a decisão de entrar com um ação contra Ferreira, o presidente do Corinthians acredita que dificilmente o clube conseguirá ser ressarcido financeiramente. “Se perguntarem se tenho vontade de entrar na Justiça, digo que é zero. Não tenho vontade porque não vai resolver.” Gobbi diz ter ficado decepcionado com a Justiça principalmente depois que Ferreira foi solto três semanas depois de ser preso por invadir o CT do clube. Funcionários relataram que foram agredidos e tiveram seus celulares roubados, mas o despacho do juiz Gilberto Azevedo Morais Costa, da 17ª Vara do Fórum Criminal da Barra Funda, diz que os torcedores foram apenas manifestar o seu descontentamento com a má fase da equipe. “Um juiz dar a sentença que ele deu, sarcástica, depois do terror que nós passamos, desmotiva até viver no Brasil.”

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(Com Estadão Conteúdo)

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