As Coreias do Norte e do Sul anunciaram nesta quarta-feira uma candidatura conjunta à Olimpíada de 2032, em uma nova demonstração da diplomacia esportiva. No início do ano, os Jogos de Inverno de Pyeongchang serviram como um sinal de pacificação nas relações entre os países vizinhos.
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Kim Jong-un, ditador norte-coreano, e Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, confirmaram o projeto ao final da cúpula intercoreana de Pyongyang, em comunicado sem maiores detalhes. A campanha olímpica exigirá um nível sem precedentes de cooperação e confiança mútua entre os dois países.
Os líderes coreanos também revelaram um acordo para “participar conjuntamente em competições internacionais”, incluindo os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. A ideia inicial partiu de Do Jong-hwan, ministro do Esporte da Coreia do Sul.
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Os países estão tecnicamente em guerra desde 1950, pois não foi assinado um Tratado de Paz, após a Guerra da Coreia. No entanto, o esporte já apresentou algumas tréguas históricas: em 2000, nos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, as duas delegações desfilaram juntas na cerimônia de abertura.
Neste ano, os países repetiram a atitude na Olimpíada de Inverno, em Pyeongchang, e nos Jogos Asiáticos, em Jacarta e Palembang, na Indonésia. Além da organização de eventos, os países já atuaram em competições internacionais com atletas e equipes conjuntas.
Copa de 1930 – O ministro sul-coreano Do Jong-hwan também tem um projeto para organizar a Copa do Mundo de 2030, com a China, que tem interesse em receber o torneio. Coreia do Norte e Japão também seriam convidados, segundo o ministro, para participarem da iniciativa.