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Copa do Mundo feminina: as candidatas ao trono da rainha Marta

No embalo do fim de ‘Game of Thrones’ e a três semanas do torneio na França, confira as principais candidatas ao “trono de ferro” do futebol

A brasileira Marta, 33 anos, seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo – à frente dos pentacampeões Lionel Messi e Cristiano Ronaldo –, reinou soberana durante a última década no futebol feminino, mas a partir de 7 de junho terá fortes candidatas a roubar seu posto. A Copa do Mundo da Fifa levará as melhores jogadoras do planeta à França e, ao contrário das últimas edições, desta vez a seleção brasileira, que ainda persegue seu primeiro título, não inicia o torneio entre as favoritas. A disputa pelo prêmio de melhor jogadora também promete ser intensa, com estrelas contemporâneas de Marta, como a canadense Christine Sinclair e a americana Wendie Rapinoe, e também da nova geração, como a holandesa Lieke Martens e a australiana Sam Kerr, na briga. No embalo do fim da série Games of Thrones, confira quem briga pelo “trono de ferro” da bola.

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Tabela completa da Copa do Mundo feminina

O torneio desembarca na França no melhor momento do país no futebol: a seleção masculina é a atual campeã mundial e a feminina é uma das favoritas com a base do Lyon, pentacampeão da Champions League e melhor time do planeta nos últimos anos. O clube teve seis jogadoras entre as listas das 10 melhores do mundo da Fifa e da France Football – e três delas (Amandine Henry, Amel Majri e Wendie Renard) defendem a seleção francesa. O bom momento do país lembra o da casa Stark na série da HBO, pois, depois de derrotas dolorosas, a seleção foi a que mais evoluiu e terá sua chance de subir no trono e conquistar o título pela primeira vez.

Ada Hegerberg com a Bola de Ouro de 2018 Benoit Tessier/Reuters

‘Jon Snow’ da Noruega – A Copa feminina, no entanto, terá um enorme desfalque: a norueguesa Ada Hegerberg, também do Lyon, atual Bola de Ouro. A tradicional seleção da Noruega está classificada, mas a atacante de 23 anos abriu mão de disputar o Mundial, em protesto à falta de apoio ao futebol feminino no país campeão mundial em 1995. A atitude de Hegerberg, a herdeira natural do trono de Marta, lembra a do protagonista Jon Snow (Kit Harington) em Game of Thrones, e deixa ainda mais aberta a disputa pelo reinado.

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As candidatas ao trono:

Alex Morgan (Estados Unidos)

A atacante de 29 anos é uma das estrelas da poderosa seleção americana, tricampeã mundial, e também uma celebridade do esporte. Ela foi protagonista no ouro olímpico em 2012 e no título da Copa de 2013. Destaque em seu país, Morgan é companheira de Marta no Orlando Pride, time da Florida (EUA) e saiu apenas uma vez para jogar pelo Lyon, onde levantou a taça da Copa da França, Campeonato Francês e Liga dos Campeões, em 2017. A popularidade mundial de Alex Morgan contribuiu para que ela, ao lado do atacante Mohamed Salah, serem os únicos futebolistas na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, publicada pela reviste Time, no mês passado.


Amandine Henry (França)

A volante do Lyon é também a capitã da seleção francesa, que tem como melhor participação um quarto lugar na Copa do Mundo de 2011. Conhecida por sua liderança, tem qualidade nos desarmes e finalizações de fora da área. Foi de Amandine o gol que iniciou a virada, por 4 a 1, que deu o título da última Liga dos Campeões contra o Wolfsburg. Em 2015, Amandine Henry foi eleita Bola de Prata do Mundial, apesar da queda francesa nas quartas.


Christine Sinclair (Canadá)

A veterana Christine Sinclair se notabilizou como um fenômeno na seleção canadense, onde já soma incríveis 180 gols, quatro a menos que a americana Abby Wambach, maior artilheira por seleções. A atacante participou da melhor campanha do Canadá em Copas: o quarto lugar em 2003, quando ela marcou seus três primeiros gols em mundial Aos 35 anos, Sinclair, com nove gols, tentará se aproximar de Marta, que tem 15, no ranking de maiores goleadoras da história das Copas.

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Dzsenifer Marozsan (Alemanha)

A alemã Dzsenifer Marozsan é mais uma estrela do elenco do Lyon. A camisa 10 se destaca na equipe pela criatividade, dribles curtos e finalização colocada como jogada característica. A meia não participou do bicampeonato mundial da seleção alemã (2003 e 2007), porque ainda estava nas seleções de base, e foi discreta na Copa de 2015, mas liderou a Alemanha no ouro inédito na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, anotando o gol da vitória sobre a Suécia, por 2 a 1.


Fran Kirby (Inglaterra) 

Fran Kirby é a camisa 10 da seleção inglesa, que surge como nova potência do futebol feminino. A meia-atacante tem apenas 1,57 metro, mas se posiciona muito bem e causa danos às adversárias até mesmo em bolas aéreas. Finalizadora nata, Kirby é artilheira do Chelsea, com 9 gols em 13 jogos na temporada, e levou a equipe à semifinal da Liga dos Campeões. Ela estava no elenco que levou a Inglaterra ao terceiro lugar na Copa de 2015, melhor participação do país em Mundiais. Kirby, inclusive, foi chamada de ‘mini Messi’ pelo técnico da equipe, Mark Sampson. Foi cortada nas quartas de final por causa de uma lesão.

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Lieke Martens (Holanda)

Como uma ponta-esquerda característica, a holandesa do Barcelona se destaca pela habilidade, dribles curtos e finalização depois do corte para a entrada da área. Neste ano, Martens é novamente destaque pela boa campanha do clube, que chegou à primeira final de Liga dos Campeões de sua história. Martens foi a principal responsável por colocar a Holanda no mapa do futebol feminino e, aos 22 anos, marcou o primeiro gol da história do país em Mundiais, na Copa de 2015. As holandesas, na ocasião, caíram nas oitavas de final diante do Japão. Martens não demorou muito para aprontar de novo e conquistou o título da Euro de 2017 – ano em que foi eleita, aos 26 anos, a melhor do mundo pela Fifa.


Megan Rapinoe (Estados Unidos) 

A ponta Megan Rapinoe, do Seattle Reigns, é uma das jogadoras mais vitoriosas do mundo. Ela é conhecida pelos cruzamentos perigosos e foi assim que deu a assistência para o histórico gol da atacante Abby Wambach contra o Brasil, nas quartas de final da Copa de 2011. Rapinoe saiu do banco para ajudar os Estados Unidos a conquistarem o segundo lugar naquele ano. Ela também foi destaque nas conquistas do ouro nas Olimpíadas de Londres, em 2012, e do último dos três títulos americanos da Copa do Mundo, em 2015.


Saki Kumagai (Japão)

A japonesa Saki Kumagai, do Lyon, atua como primeira-volante e é encarregada de marcar as melhores jogadoras adversárias. Ela é a base de marcação do poderoso clube francês e lidera a equipe em desarmes e roubos de bola. Kumagai também é fundamental na tradicional seleção japonesa e marcou o gol de pênalti que deu a taça de campeão da Copa do Mundo em 2011 ao Japão. Pela seleção, ela ainda conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres, em 2012.


Sam Kerr (Austrália)

Marta é a rainha do futebol, mas não da NWSL (Liga Americana de Futebol Feminino). A australiana Sam Kerr, de 25 anos, é a maior artilheira da competição com 61 gols, 44 a mais que a brasileira. A atacante do Chicago Red Stars foi a goleadora máxima das últimas edições do torneio e chega à Copa como grande estrela da Austrália, que está no grupo do Brasil. Kerr estreou pela seleção em 2009 e já é a quinta maior goleadora do país, 31 gols. Ela se notabilizou como carrasca do Brasil, com cinco gols em quatro jogos contra as brasileiras. A Austrália parou nas quartas de final nas últimas três edições do Mundial, mas terá sua artilheira na melhor fase da carreira para fazer a melhor campanha do país na competição.


Wendie Renard (França)

Wendie Renard é a principal zagueira do Lyon e uma das melhores do mundo. Ela se destaca entre as demais pela força física e pela altura (1,87 metros) que lhe tornam uma referência defensiva e também um perigo na área adversária. A francesa já soma 12 gols em 28 jogos na temporada pelo clube francês. Wendie capitaneou a seleção nos últimos dois Mundiais e foi base da defesa francesa em 2011, quando conquistaram o quarto lugar na Copa.

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