Copa de Ginástica: Georgette Vidor espera medalhas no solo e na trave
Chefe da delegação feminina na etapa da Copa no Ibirapuera acredita que as ginastas podem conseguir bons resultados nas finais deste domingo
O Brasil teve representantes nas duas finais femininas realizadas no primeiro dia de decisões da Copa do Mundo de Ginástica Artística. Rebeca Andrade conquistou a prata no salto – mesmo aparelho em que Letícia Costa ficou na quarta colocação – e ficou em sétimo nas barras assimétricas, apenas na frente da compatriota Flávia Saraiva. As duas atletas falharam logo no começo de suas apresentações e ficaram nas últimas colocações da final do aparelho.
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Georgette Vidor, chefe da delegação de ginástica feminina, disse que a falha de Rebeca Andrade ocorreu pela falta de preparação da atleta para realizar o movimento de entrada – ela operou o tendão do pé poucos meses atrás. “O Alexsander Alexandrov (técnico da equipe de ginástica feminina) quis colocar, porque ela tem de buscar uma nota mais alta. Ela tem de arriscar aqui mesmo, não dá para arriscar no Mundial. Ela está num processo de preparação e ainda fará elementos mais difíceis.”
Para Georgette, as ginastas dificilmente teriam chance de medalhas na prova mesmo se não tivessem cometido erros. Ela explicou que as séries das duas atletas de 15 anos ainda não estão no nível das rivais que competiram neste sábado no Ginásio do Ibirapuera, como as chinesas Chunsong Sang (ouro em São Paulo) e Siyi Chen, e as alemãs Sophie Scheder e Elizabeth Seitz (prata e bronze, respectivamente).
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Já nas finais deste domingo, o cenário deve ser diferente. Na trave, Flávia Saraiva volta a competir contra Sang e Chen e tem boas chances de medalha. “A Flávia tem condições para estar junto com as chinesas, mas ela tem de acertar tudo. A Shang já foi finalista de dois campeonatos mundiais, e ainda compete na China, onde há uma melhor do que a outra na trave. Mas a Flavinha pode competir no mesmo nível.”
No solo, a disputa deve ficar entre as brasileiras. Flávia se classificou no primeiro lugar na eliminatória do aparelho, logo a frente de Lorrane Oliveira. Georgette vê as duas promessas da ginástica brasileira com chance de subir ao pódio. “Acho que as duas estão muito bem e só não conseguimos medalha se houver falhas. A Flávia com a parte artística que ela encanta e a Lorrane pela questão acrobática”.