Contra a Nigéria, França busca mostrar que é, sim, favorita
Depois de mostrar um futebol melhor do que se esperava na fase de grupos, a equipe de Deschamps quer ir mais longe. Calor assusta mais que os africanos
“A seleção da Nigéria é um time mais atlético, com muita força física. Portanto, eu prefiro garantir a posse de bola para impor nosso ritmo”, disse Deschamps
Ela foi uma das últimas seleções tradicionais a garantir vaga na Copa do Mundo de 2014. Agora, a França espera continuar na festa até o final. Depois de fazer uma boa primeira fase, com duas goleadas e um empate (já classificada e com time misto), a equipe treinada por Didier Deschamps, líder da geração campeã de 1998, espera despachar a Nigéria nesta segunda-feira, às 13 horas (de Brasília), no Estádio Nacional Mané Garrincha, garantindo a sobrevivência no torneio e, se possível, o status de favorita legítima ao título. “É jogo de vida ou morte, não haverá segunda chance”, lembrou Deschamps na véspera do jogo na capital federal.
“A partida pode ser mais tensa porque é decisiva e pode acabar indo para prorrogação e pênaltis. Isso exige mais prudência e cautela”, explicou, avisando que não se deve esperar uma goleada como a que a França conseguiu contra a Suíça, em Salvador. “A seleção da Nigéria é um time mais atlético, com muita força física. Portanto, eu prefiro garantir a posse de bola para impor nosso ritmo. Controlar o jogo será importante até pela questão da temperatura”, explicou. Jogar em Brasília sob o sol das 13 horas, aliás, parece preocupar os franceses mais do que o próprio time nigeriano. A França ainda não disputou nenhuma partida nesse horário (a Nigéria já) e a comissão técnica teme os efeitos do calor.
“Nos últimos dias, tentamos nos adaptar ao horário e mudamos nossa alimentação. Os nigerianos estão mais adaptados. As condições podem influenciar o ritmo do jogo. Vimos no sábado brasileiros e chilenos muito cansados depois da prorrogação. É um cenário que exige muito dos jogadores e a parte física vai ser muito importante.” Deschamps diz que seu time vai tentar impedir que os nigerianos transformem o jogo numa correria. “Se o jogo fosse no final da tarde, talvez o ritmo fosse mais acelerado. Mas sob essas condições, será necessário segurar melhor a partida”, ensinou. Os franceses têm só uma dúvida no time: o zagueiro Sakho, que sentiu uma contusão muscular. Se ele não puder jogar, o companheiro de Varane na defesa será Koscielny. Se confirmar seu favoritismo contra os nigerianos, a França aguardará o vencedor do outro jogo de oitavas de final desta segunda, entre Alemanha e Argélia.