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Conmebol ‘responde’ ao Corinthians e lembra Oruro para justificar regras

A confederação diz que não quer mudar o ‘DNA do futebol’ e utilizou a morte do garoto Kevin Espada na Bolívia

A Conmebol respondeu nesta segunda-feira, 14, às críticas feitas pelo Corinthians sobre o novo regulamento de segurança das copas Libertadores e Sul-Americana. A entidade, em comunicado, lembrou do trágico episódio ocorrido na Libertadores de 2013, em Oruro, na Bolívia, para justificar as proibições. Na ocasião, um sinalizador lançado pela torcida corintiana atingiu e matou Kevin Espada, de 14 anos, torcedor do San José, time da casa.

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A confederação, na última quarta, ampliou de 18 para 21 os itens proibidos dentro dos estádios. A principal mudança, de acordo com o artigo 25, é a proibição de ‘bandeirões’ e demais bandeiras que ultrapassem 1,5 metro de comprimento e 1 metro de largura. Também não serão permitidas faixas e banners amarrados em cercas e divisórias das arquibancadas, bem como sinalizadores e fumaça.

O Corinthians emitiu uma nota em seu site na última sexta, assinada pelo presidente Andrés Sanchez, para contestar as normas da Conmebol. Entre as reclamações, o clube acusou a entidade de tratar os fãs como ‘estorvo’ e avisou que não aceitará extinguir os locais populares de sua arena. “Nela queremos não só bandeiras e bandeirões, mas também instrumentos musicais e fogos festivos”.

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No comunicado desta segunda, a confederação garantiu não querer ‘mudar o DNA do futebol sul-americano, mas apenas preservar a ordem pública e o controle do espetáculo esportivo’. A Conmebol justificou a restrição de bandeirões nos estádios citando a morte de Kevin Espada como exemplo. “Quando um bandeirão foi levantado por parte da torcida visitante (do Corinthians), foi lançado um sinalizador que atingiu o olho de um torcedor menor de idade, provocando sua morte de maneira instantânea na arquibancada”.

A Conmebol também alegou que em nenhum dos pontos proíbe as torcidas de entrar nos estádios com bandeiras, faixas, cartazes e instrumentos musicais. “No entanto, se faz necessário regulamentar seus usos para que os órgãos de segurança contem com todas as garantias visuais, operacionais e funcionais para garantir a segurança de todos os presentes aos estádios.”

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