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Como a mente pode ser o maior aliado nos pênaltis decisivos

As cobranças de pênaltis são um teste mental. Veja a psicologia por trás das cobranças que pode ajudar o jogador a dominar a ansiedade.

As disputas de pênaltis são um dos momentos mais dramáticos do futebol, onde segundos decidem vitórias e derrotas. Por trás da técnica, porém, está a psicologia – um jogo invisível de ansiedade, autocontrole e motivação que determina quem brilha ou fraqueja. Neste artigo, exploramos como a mente influencia essas cobranças decisivas e estratégias para dominar a pressão.

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Como a mente pode ser o maior aliado nos pênaltis decisivos
Berger defendeu pênalti de Putellas – Arnaud FINISTRE / AFP

1. Ansiedade, o inimigo silencioso

A ansiedade é um dos maiores obstáculos em cobranças de pênaltis. Estudos revelam que jogadores com níveis elevados de ansiedade tendem a ter tempos de reação mais lentos e menor precisão. Uma pesquisa da USP mostrou que atletas que relatam maior nervosismo antes da cobrança frequentemente falham em converter a penalidade, mesmo dominando a técnica.

Por que isso acontece?

  • Sobrecarga cognitiva: A ansiedade reduz a capacidade de focar na execução, desviando a atenção para consequências (ex.: “E se eu errar?”).
  • Efeito físico: Aumento da frequência cardíaca e tensão muscular prejudicam a coordenação motora.

Dica prática: Treinadores podem usar técnicas de respiração diafragmática durante os treinos para ajudar jogadores a controlar a ansiedade in loco.

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2. Autocontrole e o esgotamento do ego, quando a mente cansa

A teoria do esgotamento do ego, citada em estudos como os da Wikipedia, explica que o autocontrole é um recurso finito. Jogadores que gastam energia mental durante a partida (ex.: lidando com faltas, pressão tática) chegam aos pênaltis com menos capacidade de se autorregular.

Exemplo prático:

  • Um estudo com atletas profissionais mostrou que aqueles que passaram por situações de alto estresse durante o jogo tiveram 20% mais chances de errar nas cobranças.

Solução:

  • Treino sob pressão simulada: Criar cenários em treinos que repliquem a exaustão mental (ex.: cobranças após exercícios físicos intensos).

3. Motivação e percepção de causalidade

Como os jogadores interpretam sucessos e fracassos define sua motivação. A teoria da atribuição de causalidade, abordada em pesquisas da Universidade Federal de Uberlândia, destaca que atletas que atribuem erros a fatores controláveis (ex.: “Preciso ajustar o pé”) têm melhor desempenho do que os que culpam fatores externos (ex.: “A grama estava ruim”).

Casos emblemáticos:

  • Jorginho (Chelsea): Após errar pênaltis em 2021, atribuiu as falhas à falta de concentração e ajustou sua abordagem, tornando-se um dos cobradores mais confiáveis.

Estratégia:

  • Reestruturação cognitiva: Psicólogos esportivos trabalham com jogadores para reformular pensamentos negativos (ex.: trocar “Vou errar” por “Tenho a técnica treinada”).

4. Estratégias para dominar a pressão nos pênaltis

Transformar a tensão em desempenho exige preparo mental e tático. Veja métodos comprovados:

a) Treinamento de visualização

  • Como funciona: Jogadores fecham os olhos e visualizam cada etapa da cobrança (do posicionamento à rede balançando).
  • Resultado: Estudos mostram que a visualização reduz a ansiedade e aumenta a confiança em 35% dos casos.

b) Rotinas pré-cobrança

  • Exemplo: Harry Kane repete os mesmos passos antes de cada pênalti (ajusta a bola, respira fundo três vezes).
  • Benefício: Ritualizar ações cria uma âncora mental que diminui a sobrecarga emocional.

c) Simulações sob pressão

  • Prática: Treinos com torcida virtual barulhenta ou consequências simbólicas (ex.: perder treino extra se errar).
  • Base científica: Expõe jogadores ao estresse controlado, fortalecendo a resiliência.

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