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Com Del Nero garantido, CBF marca eleição para o dia 16

O presidente da Federação Paulista de Futebol deverá ser eleito por aclamação, sem oponentes. Mas ele só assume no ano que vem – Marin continuará até 2015

Del Nero, advogado, 73 anos, foi o responsável por Marin estar no cargo hoje – foi dele a indicação para que o cartola paulista virasse um dos vices da CBF

Não houve nenhuma surpresa no anúncio oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre a próxima eleição presidencial. O pleito será realizado no dia 16 de abril, conforme já era previsto, com início marcado para as 10 horas (primeira convocação) e 11 horas (segunda convocação). A eleição deverá confirmar Marco Polo Del Nero como novo mandatário da entidade. Del Nero, contudo, só assumirá o cargo no ano que vem. A eleição foi antecipada para antes da Copa do Mundo de forma a evitar que um possível revés da seleção brasileira no torneio atrapalhasse a sucessão planejada pelo atual presidente, José Maria Marin. Assim, durante quase um ano, a CBF terá um presidente e um presidente eleito. Conforme os críticos, não fará muita diferença – para muitos, Del Nero está por trás das principais decisões tomadas por Marin desde que ele chegou ao poder.

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Atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero também é vice-presidente da região Centro-Sul na CBF. Por isso, tem uma forte base de apoio entre os clubes e os representantes estaduais, que serão os responsáveis por eleger o sucessor de Marin, presidente desde 2012, ano em que Ricardo Teixeira renunciou ao cargo. O candidato da situação, aliás, não deverá enfrentar nenhum opositor. Francisco Novelletto, presidente da federação gaúcha, chegou a anunciar que seria candidato em outra chapa, mas não prosseguiu com a ideia. A oposição era liderada por Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e ex-subordinado de Marin e Del Nero na CBF. Sanchez, levado à CBF por Teixeira, deixou o cargo depois que Marin trocou Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari sem consultá-lo (ele era o diretor de seleções). Del Nero foi o articulador da troca.

Fora do cargo, Sanchez passou a costurar uma mobilização de oposição à dupla da CBF. Antes de qualquer ameaça real à situação, porém, Marin e seus aliados se mexeram para promover a eleição de Del Nero. O jogo político foi pesado. Marin afagou os cartolas votantes com convites, homenagens, visitas. A entidade aguarda até o dia 11 para o registro de novas candidaturas, mas ninguém espera que a oposição consiga nem mesmo viabilizar a candidatura. Desde o início das articulações em torno da eleição na CBF, a base de Del Nero trabalha com o apoio de pelo menos 23 federações estaduais, o que garante boa vantagem na votação. De acordo com o estatuto da CBF, os 27 presidentes das federações têm direito a voto, assim como os 20 clubes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Del Nero, advogado, 73 anos, foi o responsável por Marin estar no cargo hoje – foi dele a indicação para que o cartola paulista virasse um dos vices da CBF. Como era o mais velho entre todos os vices, assumiu depois que Teixeira renunciou.

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(Com agência Gazeta Press)

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