COI vê Rio-2016 como ‘mensagem de esperança’ diante da crise política no Brasil
Presidente Thomas Bach fez comentários sobre a tensão no país a menos de quatro meses do início dos Jogos. Dilma Rousseff não foi à cerimônia na Grécia.
A presidente Dilma Rousseff faltou à cerimônia de acendimento da tocha olímpica da Rio-2016 nesta quinta-feira, mas a crise política que afeta o Brasil não foi ignorada no evento realizado em Olímpia, na Grécia. A menos de quatro meses do início dos Jogos, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, comentou o tema e disse acreditar que o espírito olímpico ajudará a diminuir a tensão no país.
“Serão os Jogos do Brasil. Apesar das dificuldades que o país atravessa, o evento vai levar uma mensagem de esperança a todos os cantos do seu território e no mundo inteiro”, afirmou Bach, durante a cerimônia no berço dos Jogos da Antiguidade.
“Os Jogos acontecerão num momento sacudido por crises. Quero homenagear o povo brasileiro, que, em algumas semanas, acolherá o mundo com entusiasmo e o deixará maravilhado com sua alegria e sua paixão pelo esporte”, completou Bach.
A principal ausência da cerimônia desta quinta-feira foi justamente a presidente Dilma Rousseff, que cancelou sua participação há algumas semanas, quando o processo de impeachment contra ela ainda não havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados.
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O Brasil foi representado pelo novo ministro dos esportes, Ricardo Leyser, que assumiu como interino no mês passado, e por Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador Rio-2016 e do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
“A chama traz a mensagem de que o nosso caro Brasil pode e vai ser unido, um país que merece buscar um futuro melhor”, afirmou Nuzman, reconhecendo que o país “navegou pelas águas mais difíceis que o movimento olímpico já conheceu” para preparar os Jogos.
O bicampeão olímpico de vôlei Giovane Gávio, o primeiro brasileiro a carregar a tocha olímpica, reforçou o discurso: “É um momento mágico, principalmente de união. Essa é a palavra. Temos que voltar a cantar o nosso Hino Nacional como um povo brasileiro unido. Esse é o caminho mais legal, e o esporte tem essa capacidade”, disse Giovane, em entrevista ao SporTV.
(da redação)