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COI proíbe gestos políticos durante a Olimpíada de Tóquio-2020

Manifestações devem se limitar a entrevistas e redes sociais pessoais dos atletas

O Comitê Olímpico Internacional (COI) divulgou na última quinta-feira 9 um guia de regras de comportamento envolvendo protestos políticos de atletas durante a Olimpíada de Tóquio, que vai de 24 de julho a 9 de agosto. A entidade proibiu qualquer manifestação política durante as disputas esportivas e cerimônias de premiação, limitando-as às redes sociais pessoais e entrevistas dos atletas.

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“A missão dos Jogos Olímpicos é unir e não dividir. Somos o único evento do mundo que coloca o mundo inteiro junto numa competição pacífica”, justificou o presidente do COI, Thomas Bach. “Precisávamos de clareza nas regras. A maioria dos atletas sentia que é muito importante que respeitemos uns aos outros como atletas”, complementou Kirsty Coventry, chefe da Comissão dos Atletas do COI, que elaborou o documento.

Foram vetados qualquer gesto ou mensagem que possa ser interpretada como política. O comitê afirmou que os atletas que descumprirem a norma estão sujeitos a medidas disciplinares, mas não especificou quais são elas.

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Com a nova diretriz, gestos como o dos americanos Tommie Smith e John Carlos na Olimpíada de 1968, no México, estão proibidos. Na ocasião, os dois subiram ao pódio com a cabeça baixa, e ergueram o punho fechado com uma luva preta, uma saudação consagrada pelos Panteras Negras, um grupo de combate à discriminação nos EUA.

Também estão proibidos qualquer tipo de desobediência aos protocolos de premiação, a fim de evitar constrangimentos como o que ocorreu no último Mundial de Esportes Aquáticos, em Gwangju, na Coreia do Sul. Na ocasião, nadadores australianos e britânicos se recusaram a posar para fotos com o chinês Sun Yang, em resposta às acusações de doping contra o asiático.

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