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Coelho fala sobre racismo e dificuldades de treinadores negros no Brasil

Em entrevista divulgada pelo site do Corinthians, o jovem técnico falou sobre o preconceito que já sofreu dentro e fora de campo

Comandando interinamente a equipe do Corinthians, Dyego Coelho é um dos três treinadores negros nesta edição do Campeonato Brasileiro, ao lado de Marcão, do Fluminense, e de Roger Machado, do Bahia. Neste Dia da Consciência Negra, o clube paulista divulgou em seu site uma entrevista com o técnico, na qual Coelho fala sobre o racismo estrutural na sociedade e, consequentemente, no futebol.

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“O racismo está dentro da nossa sociedade. Cansei de ir a restaurantes, por exemplo, e ser observado dos pés à cabeça por ser negro”, disse o treinador e ex-jogador do Corinthians. Mesmo reconhecendo as dificuldades, Coelho afirma não se intimidar com o racismo no futebol: “Foi a minha paixão pelo futebol que me fez querer ser técnico. Só de ter tomado esta decisão, já sabia que não seria fácil. Afinal, se formos pegar as Séries A e B, são apenas 40 pessoas que têm este cargo. Se juntarmos só os negros, este número diminui ainda mais. Mas é como disse na coletiva após o jogo contra o Inter: pouco a pouco, estamos conquistando o nosso espaço”.

O técnico do Corinthians comentou sobre os casos recentes de racismo no futebol europeu, ressaltando que cada vítima tem uma forma de reagir: “A reação vai muito de cada um e não me sinto capaz de julgar alguém que reage mais veementemente, como o Taison ou o Balotelli fizeram. Cada um sabe a dor que sente e, muitas vezes, há gente querendo ditar demais o sentimento dos outros”.

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“Pouco a pouco isto está mudando, mas, a cada caso que vemos no esporte, fica claro que o caminho a ser percorrido é muito longo”, completa Coelho. O jovem treinador acredita que a mensagem transmitida pelo Dia da Consciência Negra é que aos poucos os negros consigam conquistar o seu espaço: “Não é uma situação fácil, como nunca foi historicamente, mas nós temos condições de mudar este cenário”.

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