COB inicia procedimento para defender atleta acusado de abuso sexual
Thye Bezerra, goleiro reserva da seleção de polo aquático, teria abusado sexualmente de uma jovem de 22 anos, em Toronto
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) informou nesta sexta-feira que já iniciou os trâmites para oferecer “auxílio de defesa” ao goleiro reserva da seleção de polo aquático, Thye Mattos Bezerra, acusado pela polícia canadense de cometer abuso sexual em Toronto, durante os Jogos Pan-Americanos. Marcus Vinícius Freire, diretor-executivo do COB, disse que já houve contato com o consulado brasileiro na cidade canadense, para avaliar o caso.
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Antes da revelação da identidade do acusado, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, falou que não houve contato prévio da polícia. “Não temos nenhuma informação, não nos foi comunicado nada, portanto, estamos a espera de informações para que possamos nos manifestar”. Fontes da delegação brasileira afirmaram que não existe um protocolo de atuação em situação com esta. Freire contou que houve contato com os responsáveis pela seleção de polo aquático, que se prepara para o Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan, na Rússia, mas todos disseram desconhecer o caso.
A polícia de Toronto expediu nesta sexta-feira uma ordem de prisão contra Thye Bezerra, a partir de queixa apresentada por uma mulher de 22 anos que alega ter sido atacada pelo brasileiro, enquanto dormia em sua casa, em Toronto, na manhã do dia 16, poucas horas antes de o jogador deixar a cidade canadense após ganhar a medalha de prata no Pan com a seleção brasileira.
A nota oficial do COB:
“O Comitê Olímpico do Brasil condena qualquer comportamento que envolva violência ou abuso. Recebemos a lamentável notícia através da imprensa local e desde então nosso desejo é que os fatos sejam completamente esclarecidos pela polícia de Toronto e pela CBDA, responsável pela equipe nacional de polo aquático, que está em Kazan na Rússia para o campeonato mundial da modalidade.
O COB exige de seus atletas um comportamento impecável, lembrando-lhes sempre que, quando viajam ao exterior, representam o seu país. Estamos à disposição das autoridades canadenses para colaborar na apuração do caso, dentro dos princípios que regem a acusação, que exige provas e ampla defesa. Continuaremos, mesmo depois do encerramento dos Jogos em Toronto, a trabalhar neste tema com a missão diplomática brasileira no Canadá.”
(com agência EFE)